domingo, 23 de outubro de 2016

Filmes de outubro2

Nossa Irmã Mais Nova (2015)

Umimachi Diary  ou Our Little Sister  

Dirigido por: Hirokazu Koreeda

128 minutos

Vai lá, junta a família, convida todo mundo para sentar e assistir esse espetáculo de filme. E inovador? Não, não é, mas é real, tem sentimentos reais, e mostra que por mais que a vida nos de problemas ela nos dá belos presentes.
Três irmãs – Sachi (Haruka Ayase), Yoshino (Masami Nagasawa) e Chika (Kaho) vivem juntas na cidade de Kamakura. Quando seu pai (ausente da casa da família nos últimos 15 anos) morre, eles viajam para o interior para seu funeral, e conhecem Suzu (Suzu Hirose), sua tímida meia-irmã adolescente. Elas convidam Suzu para viver em Kamakura. Suzu ansiosamente concorda, e uma nova vida de alegres descobertas começa para as quatro irmãs.
A beleza esta nas coisas mais simples.

Como foi dito no primeiro parágrafo o longa não é inovador, não tem reviravoltas, tão pouco grandes surpresas, segue uma linha única, do início ao fim, pode parecer cansativo para alguns, devido ao ritmo lento e contemplativo que o diretor da ao filme, mas vai por mim, e para o nosso bem como telespectador.
Mas toda essa “calmaria” e muito positiva dentro do filme. Por mais lento que o filme possa parecer externamente, seus personagens internamente estão passando por um turbilhão de emoções e sentimentos. Sentimentos essa e palavra que resume muito bem o longa. Todos os sentimentos são retratados com muita intensidade, até mesmo os que são retraídos, contidos você percebe que a um esforço enorme dos personagens para não mostrar tal sentimento. Toda a narrativa e muito bem construída, as personagens são bem apresentadas, seus pequenas dramas, por menores que sejam, como um breve romance adolescente, são muito bem trabalhados. E tudo muito natural, não parece um filme, parece a vida, ela e assim, onde o que para você e uma pequena coisa, para outra pessoa pode ser o maior dilema da vida dela.
Lindo! não é?

Algumas cenas do filme são belíssimas, visualmente falando todas as que aparecem as cerejeiras (cerejeiras são sempre belas no Japão, que coisa) e a cena final na praia, tem um diálogo fabuloso, GENIAL.
Que dialogo.

Uma obra simples, muito cheia de vazios, isso mesmo a ausência de coisas e pessoas e o que faz o filme andar. Quando terminei de assistir, não tive como conter as lagrimas, lembrando da minha família, como é bom o amor da família, sim tem brigas, conflitos, mas o lado ruim NUNCA e maior que que as coisas boas.

De0a5: 4,8 Gols

sábado, 15 de outubro de 2016

EU LI #07

Coleção: Coleção Oficial de Graphic Novels da Marvel


Os fabulosos X-Men: A saga da Fênix Negra
Roteiro:  John Byrne, Chris Claremont
Desenho: John Byrne


 

Sim vou escrever sobre um clássico da Marvel, e sim a Marvel tem clássicos. No final da década de 70 Chris Claremont e John Byrne (DEUS), unem forças para escrever uma das maiores historias de todos os tempos, sobre super heróis, X- Men: A Saga da Fenix Negra.
Voltando de uma missão do espaço os X-Men, acabam de descobrir o real poder de Jean Grey, a Fenix, que agora tem seu poder corrompido graças a interversão do sinistro grupo Clube do Inferno. Agora os X-Men terão que tomar sua decisão mais difícil de todas, matar Jean, ou deixá-la viver e colocar em risco a existência do universo.
Apesar do texto ser maravilhoso (já vou chegar nesta parte), ela ainda assim e uma HQ um pouco datada. Mais uma vez o personagem pensa na ação, vem o balão do pensamento, ele executa ação, balão do narrador explicado e depois o personagem ainda comenta a ação que acabou de executar, muitas paginas acabam ficando com um excesso de balões, não é um problema grave, mas atrapalhou um pouco a minha leitura, tornando ela em alguns momentos cansativa. (Mas daí eu parava e logo voltava cheio de animo).
O texto da revista e fabuloso, consegue dar profundidade aos personagens, você sente todo o drama do casal Jean e Scott, essa relação familiar entre os X-Men que HQ mostra e muito boa, dando um ar de realidade. O drama em particular de Jean e muito forte, você sente a dor dela após descobrir os atos horríveis que a Fênix Negra fez. Isso mesclado com sequências de ação maravilhosas, como a luta na sede do “Clube do Inferno”, onde temos um Wolverine de verdade,partindo para porrada franca, e o confronto final na base do império Shiar, fazem desta HQ realmente um clássico.
E isso que o povo gosta, é isso que o povo quer!
E nesta saga que temos a apresentação de novos personagens, como Crystal e Kitty Pryde, essa última viria a ser tornar uma personagem importantíssima dentro do grupo dos mutantes.
Geralmente eu acho os dois muito chatos, mas desta vez deu ate um pouco (pouquinho de pena).


Uma HQ com um roteiro espetacular, sabendo lidar com momentos de drama fortíssimos, mas sem perder ação, por que os combates são inúmeros e muito intensos. Temos um desenhista no seu auge, a arte da HQ já vale, você parar e conferir ela. A Saga da Fênix Negra e o melhor que você pode encontra de X-Men, recomendo muito que leia ela, se curti um pouco de quadrinhos, não vai se arrepender, ela e fabulosa (sacaram??)
De0a5: 4,8 Professor X, FDP!!!

sábado, 8 de outubro de 2016

Filmes de Outubro


Boi Neon (2015)

Dirigido por: Gabriel Mascaro
101 minutos

Um filme de uma poesia visual fabulosa, com uma linguagem cinematográfica exuberante, toda a metalinguagem dessa obra e fascinante, pena que faltou um pouco disso no roteiro e nas falas, para fazer ele se tornar algo realmente acima da média.
A realidade de Iremar.
Tudo acontece no Nordeste do Brasil e narra o drama particular de Iremar (Juliano Cazarré), um vaqueiro, que viaja pelo Nordeste trabalhando em vaquejadas enquanto sonha em largar tudo e começar uma nova carreira na moda, como estilista.
O sonho de Iremar. Grande atuação de Juliano Cazarré.
O filme prima pelo visual, tem ótimos enquadramentos, cenas belíssimas, mas senti que faltou diálogos para aprofundar um pouco mais os personagens, fica tudo muito subentendido. Veja bem isso não chega a ser um demérito do filme, mas afasta bastante uma grande parte do público que não está habituada com um cinema assim, bem artístico. Outros aspectos que que também podem ser vistos como pontos baixos, são as cenas de nudez, sim há muitas delas, não estão lá gratuitamente, mas, podem causar desconforto para telespectadores desavisados(eu levei de boas). E as cenas que envolvem os animais, em especiais os bois nas vaguejadas, são cenas bem fortes, e algumas vezes cruéis(fiquei levemente desconfortável).
Galega e sua filha Caca, personagens femininas fortes, parabéns!
Como falei anteriormente a cinematografia filme e muito bela, juntamente com todas suas alegorias, são os destaques do filme. O trabalho que a obra faz descaracterizando os personagens e fabuloso, o maior, é melhor exemplo e do protagonista Iremar. Ele é um homem com aparência rude, aspecto muitas vezes sujo, mas ao aproximarmos nosso olhar vemos a doçura nele, sua delicadeza ao desenhar, ao escolher os perfumes, bem diferente do que imaginamos ao ver o personagem pela primeira vez. A forma como o longa aborda a sexualidade de Iremar também e algo muito interessante. Não que sua sexualidade seja algo que vá fazer grande diferença para o andamento da história, mas a forma como o diretor brinca com isso, deixando você com a dúvida até a há última cena do filme. Vamos aplaudir também a maneira como Gabriel Mascaro nos mostra as mulheres do seu longa, desde a pequena Caca, que uma menina cheia de força e sonhos, e luta por eles, passando pelas personagens adultas. Tempos Galega (Maeve Jinkings), que uma mulher que se mostra forte, vive entre os homens, mas mesmo assim não perde sua feminilidade, e diretor faz questão de nos mostra em isso cenas muito bem construídas, o mesmo acontece com uma vendedora de perfumes que esta gravida, e ainda sim exala (pegaram essa?) sexualidade.
Tudo e diferente, se você olhar de outra forma.


Não é um longa tão simples, prepare-se para analisar suas metáforas e camadas, falta um pouco de informação, algumas coisas podem parecer jogadas, então prepare-se para ver muitas coisas e ouvir pouco.  “Boi Nenon” e um filme poético, mas que ao mesmo tempo consegue ser muito real, onde os personagens sonham com cavalos alados, mas convivem com a bosta de bois.

De0a5: 3,5 Eraaa BOI!!!