segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Filmes de Fevereiro 2018


Viva: A Vida é uma Festa (2017)

Coco

Dirigido por: Lee Unkrich




Não e sempre que a Pixar inova, ultimamente eles vem inovando cada vez menos, apostando muito mais na sua formula  segura de fazer filmes, mas posso afirmar, e quase sempre (tirando continuações) que a Pixar nos emociona. “Viva: A Vida é uma Festa” é extremamente emocionante, a sua mensagem  e belíssima, sem falar na sua incrível musicalidade, aposto que depois que secar as lagrimas, você vai começar a cantar as musicas do longa.

Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

Por não ser uma obra tão original, sua narrativa pode parecer repetitiva e previsível. A historia do longa em si, não o seu atrativo maior, e uma clássica jornada do herói, que busca  enfrentar o  mundo para se provar, nem que para isso tenha que enfrentar sua própria família. Não vá esperando boa sacadas do roteiro, ele bem linear, progressivo e simples.

Visualmente fabuloso!

A historia no geral não e marcante, mas o longa e cheio de pequenos detalhes, momentos marcantes. Fora toda a beleza visual e suas cores, “Viva: A vida é uma Festa”, se destaca ao mostrar a cultura Mexicana, como ela se relaciona com a morte, onde a morte não é o fim, mas sim uma passagem para outra fase de nossa vida. Já que estamos falando da morte, por que não falarmos do belíssimo mundo dos mortos. E um lugar cheio de cor alegria (cheio de vida...kkkkkkk..ta parei),onde os espíritos vão para descansar e curtir a morte.  A forma com esse lugar e nos mostrado e fabuloso, assim como os animais guias, que protegem os espíritos, um trabalha da direção de arte de se aplaudir em pé.

Musicas, não tem como não falar do longa sem falar de suas composições. Tanto as musicas instrumentais como as musicas cantadas, são fabulosas, e mais uma vez bem carregadas da cultura mexicana. Agora falando dos personagens, o grande nome do filme e Miguel, não é um personagem totalmente original, mas seu carisma, seu empenho e drama, nos cativam e nos fazem ter um enorme carinho por esse simpático menino, que tem uma voz maravilhosa ( Na versão original). Eu achei que Hectror teria mais destaque, e um personagem com peso importante do meio para o final, mas suas interações são bem pontuais, não que isso seja algo negativo, ate por que todos os outros personagens têm papeis bem de coadjuvantes, mas que cumprem essa função, magistralmente, ajuda a historia a seguir em frente. Tenho que falar em particular de Mama Coco (ou vo Ines na versão Brasileira), não consigo lembrar dela sem que as lagrimas venham,  não vou dar spoiler assistam esse doce de pessoa que é Mama Coco, também não consigo lembrar de Dante sem dar uma boa risada.

Mama Coco, sua linda.

Como não podia ser diferente, o filme, tem aquele momento “Pixar”, onde eles vem com cebolas, e esfregam elas nos nossos olhos, e fica inevitável chorar.  Em especial o momento no final do longa, um momento Pai e filha e um momento Vo e neto, com a musica “Remember me”. Pixar você me destruiu emocionalmente de novo, e eu te amo por isso.

Não é uma obra perfeita, mas tem seus momentos de perfeição. Alem de ser uma linda homenagem a cultura Mexicana e como eles tratam a morte, o longa traz uma bela mensagem, sobre o amor familiar. O amor que e verdadeiramente incondicional, onde temos que fazer muitos esforços uns pelos outros, aceitarmos, mesmo com defeitos, por mais que a briga e desentendimentos, com certeza não falta amor. Não precisa parar sua rotina por completo mas se tiver um filho(a), pare, converse com ele, não importa a idade e tente ver o mudo dele, do que gosta, compartilhe historias, crie lembranças.( se não tiver filho, converse com seus pais, avos, vai ser ótimo, tenho certeza).

De0a5: 4,5 Remember Me