domingo, 25 de março de 2018

Filmes de Março 2018


Pantera Negra (2018)

Black Panther

Dirigido por: Ryan Coogler





Emocionante, e difícil descrever a minha reação após assistir esse filme, de uma importância tão grande. “Pantera Negra”, não vai ser só um filme, mas sim um símbolo, de uma cultura e não estou falando apenas de Wakanda.

Pantera Negra acompanha T´Challa que, após a morte de seu pai, o Rei de Wakanda, volta pra casa para a isolada e tecnologicamente avançada nação africana para a sucessão ao trono e para ocupar o seu lugar de direito como rei. Mas com o reaparecimento de um velho e poderoso inimigo, o valor de T´Challa como rei – e como Pantera Negra – é testado quando ele é levado a um conflito formidável que coloca o destino de Wakanda, e do mundo todo, em risco.

Por mais diferente que o longa possa ser, ele tem aquela pegada da formula Marvel, o que é inevitável. Os clichês do herói que não esta pronto, ta tudo lá. Também temos alguns personagens meio soltos e alguns fora de contexto, mas nada que atrapalhe muito o filme. Um aspecto que pode variar de pessoa para pessoa se gostou ou não, e a forma como ele pouco dialoga com os de mais filme do universo Marvel, eu particularmente gostei dele se resolver sozinho no seu micro universo.


Mulheres, negras e poderosas.

O elenco se diverte durante o filme, você percebe claramente que os atores se divertem em seus papeis. Vamos destacar T´Challa (Chadwick Boseman ) e um dos heróis mais humanos do  MCU, cheio de falhas e medos, mas sem perder o carisma e heroísmo. Shury (Letitia Wright,)a irmã gênio esta divertidíssima, as cenas cômicas são com ela, Nakia (Lupita Nyong'o), não é só beleza, e imponente, e Okoye (Danai Gurira),  MEU DEUS, que mulher foda, e toca o terror, com certeza ela bate de  frente com todos os outros personagens da MCU, mesmo sem super poder, acredito que ela enfrenta todos. Erik Killmonger (Michael B. Jordan)  o vilão do longa, e sim devo confessar que a justificativa para os seus atos, eu aceito e compartilho de sua revolta, claro que seus atos são condenáveis, por que senão ele não seria o vilão, mas sua motivação e bem compreensível.

O fato de ser um filme de herói Marvel, já iria me deixa bem feliz, mas o longa traz uma coisa chamada REPRESENTATIVIDADE. E fantástico você ver a cultura africana, sendo mostrada de uma maneira gloriosa (mesmo que com muito aspecto ficcional). Como negro sempre me senti meio perdido socialmente, pois você vê, todas as pessoas no seu colégio, faculdade e trabalho, falando sobre suas descendências, e você( no caso eu) quanto negro sempre se sentiu meio perdido, nesse momento, quando perguntam qual sua origem, de que pais vem minha família, por que  é muito difícil saber exatamente a origem de um escravo, pois ao chegar no Brasil, nomes eram mudados e passados eram apagados, nos distanciando da cultura africana.


Apesar dos efeitos não serem os melhores do mundo, e muito bom ver o Pantera em ação.

Não e um filme perfeito, mas e um longa fundamental, uma obra que diverti ao mesmo tempo que faz pensar, eu pelo menos pensei bastante.Qual o meu papel como negro, perante a toda essa desigualdade? Mesmo não sendo um príncipe, um herói, eu sou negro, sou humano, posso por menor que seja fazer a diferença e SIM MUITO AINDA TEM QUER SER FEITO.Vemos muitas obras mostrando o negro e sua historia, mas normalmente de um olhar onde o negro esta em baixo como escravo, isso não é de todo mal, faz com que não esquecemos o horror da escravidão, mas foi ótimo ter a visão de cima, que isso vire moda, que todos possamos ver o mundo não só de cima ou de baixa, mas sim de lado a lado...Obrigado PANTERA NEGRA!

 De 0a5: 5 Wakanda para sempre

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Filmes de Fevereiro 2018


Viva: A Vida é uma Festa (2017)

Coco

Dirigido por: Lee Unkrich




Não e sempre que a Pixar inova, ultimamente eles vem inovando cada vez menos, apostando muito mais na sua formula  segura de fazer filmes, mas posso afirmar, e quase sempre (tirando continuações) que a Pixar nos emociona. “Viva: A Vida é uma Festa” é extremamente emocionante, a sua mensagem  e belíssima, sem falar na sua incrível musicalidade, aposto que depois que secar as lagrimas, você vai começar a cantar as musicas do longa.

Miguel é um menino de 12 anos que quer muito ser um músico famoso, mas ele precisa lidar com sua família que desaprova seu sonho. Determinado a virar o jogo, ele acaba desencadeando uma série de eventos ligados a um mistério de 100 anos. A aventura, com inspiração no feriado mexicano do Dia dos Mortos, acaba gerando uma extraordinária reunião familiar.

Por não ser uma obra tão original, sua narrativa pode parecer repetitiva e previsível. A historia do longa em si, não o seu atrativo maior, e uma clássica jornada do herói, que busca  enfrentar o  mundo para se provar, nem que para isso tenha que enfrentar sua própria família. Não vá esperando boa sacadas do roteiro, ele bem linear, progressivo e simples.

Visualmente fabuloso!

A historia no geral não e marcante, mas o longa e cheio de pequenos detalhes, momentos marcantes. Fora toda a beleza visual e suas cores, “Viva: A vida é uma Festa”, se destaca ao mostrar a cultura Mexicana, como ela se relaciona com a morte, onde a morte não é o fim, mas sim uma passagem para outra fase de nossa vida. Já que estamos falando da morte, por que não falarmos do belíssimo mundo dos mortos. E um lugar cheio de cor alegria (cheio de vida...kkkkkkk..ta parei),onde os espíritos vão para descansar e curtir a morte.  A forma com esse lugar e nos mostrado e fabuloso, assim como os animais guias, que protegem os espíritos, um trabalha da direção de arte de se aplaudir em pé.

Musicas, não tem como não falar do longa sem falar de suas composições. Tanto as musicas instrumentais como as musicas cantadas, são fabulosas, e mais uma vez bem carregadas da cultura mexicana. Agora falando dos personagens, o grande nome do filme e Miguel, não é um personagem totalmente original, mas seu carisma, seu empenho e drama, nos cativam e nos fazem ter um enorme carinho por esse simpático menino, que tem uma voz maravilhosa ( Na versão original). Eu achei que Hectror teria mais destaque, e um personagem com peso importante do meio para o final, mas suas interações são bem pontuais, não que isso seja algo negativo, ate por que todos os outros personagens têm papeis bem de coadjuvantes, mas que cumprem essa função, magistralmente, ajuda a historia a seguir em frente. Tenho que falar em particular de Mama Coco (ou vo Ines na versão Brasileira), não consigo lembrar dela sem que as lagrimas venham,  não vou dar spoiler assistam esse doce de pessoa que é Mama Coco, também não consigo lembrar de Dante sem dar uma boa risada.

Mama Coco, sua linda.

Como não podia ser diferente, o filme, tem aquele momento “Pixar”, onde eles vem com cebolas, e esfregam elas nos nossos olhos, e fica inevitável chorar.  Em especial o momento no final do longa, um momento Pai e filha e um momento Vo e neto, com a musica “Remember me”. Pixar você me destruiu emocionalmente de novo, e eu te amo por isso.

Não é uma obra perfeita, mas tem seus momentos de perfeição. Alem de ser uma linda homenagem a cultura Mexicana e como eles tratam a morte, o longa traz uma bela mensagem, sobre o amor familiar. O amor que e verdadeiramente incondicional, onde temos que fazer muitos esforços uns pelos outros, aceitarmos, mesmo com defeitos, por mais que a briga e desentendimentos, com certeza não falta amor. Não precisa parar sua rotina por completo mas se tiver um filho(a), pare, converse com ele, não importa a idade e tente ver o mudo dele, do que gosta, compartilhe historias, crie lembranças.( se não tiver filho, converse com seus pais, avos, vai ser ótimo, tenho certeza).

De0a5: 4,5 Remember Me

quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Filmes de Janeiro 2018


A Guerra dos Sexos (2017)

Battle of the Sexes

Dirigido por: Jonathan Dayton  / Valerie Faris





Mais uma boa biografia esportiva, e mais uma com destaque para uma protagonista mulher, isso seria ótimo, se o filme mergulha se de cabeça na ideia da luta da causa feminista, ele ate faz isso, mas não se aprofunda, e tropeça mais uma vez na comedia exagerada.

Na sequência da revolução sexual e do surgimento do movimento feminista, a partida de tênis de 1973 entre a campeã mundial feminina Billie Jean King (Emma Stone) e o ex-campeão dos homens Bobby Riggs (Steve Carell) foi divulgada como A Guerra dos Sexos e se tornou um dos eventos esportivos televisionados mais vistos de todos os tempos, chegando a 90 milhões de telespectadores em todo o mundo.


Os cômicos encontros da dupla.( Espantanto com o grau de machismo nas falas de Bobby)


 Quando me refiro que o filme tropeça na comedia, e por que o machismo contido nele, deve ser algo revoltante, você deveria ficar incomodado ao longo do filme, mas isso não acontece,  acredito que vá ter momentos que você vai mais rir do que se incomodar, e isso  definitivamente não é o que queremos.

 Porem quando ele se foca em mostrar a luta de Billie Jean junto com as outras atletas, ai o filme só tem acertos, pois mostra mulheres fortes, corajosas, sem precisar querer dar elementos “masculinos” para ela. Uma mulher sim pode ir lutar pelos seus direitos e ir num salão de beleza, uma coisa não anula a outra. (Bom, sou homem, e bem difícil falar de feminismo, mas não gosto quando os filmes, querem retratar mulheres com força, e acabam masculinizando as mulheres fisicamente, aqui isso não acontece)

As atuações são o grande destaque, a dupla principal, são figuras carimbadas das premiações dos últimos anos.Steve Carell, ele esta muito bem, dando um ar cômico ao personagem, ele esta tão bem, que me sinto estranho, por que eu deveria odiar o personagem pelas suas falas e posicionamento, mas ele torna tudo tão engraçado, que você vê  Bob apenas como um bobo. Emma Stone é Billie Jean, que mulheres. Emma, cada vez mais, a cada papel  ela mostra o quanto e uma boa atriz, nos gestos nos olhares você  vê a doçura e força de. Sua personagem.  Já a verdadeira Billie Jean, que mulher fantástica que exemplo de luta, infelizmente a sua luta ainda não foi vencida, e triste saber que ainda temos muito preconceito e machismo no esporte (na sociedade em geral).

Apesar de ser uma obra sobre tênis, temos apenas uma cena realmente boa de tênis, e ela  muito bem coreografada, tornando a cena e bela e com certo clima de tensão. Outra momento que achei espetacular e o primeiro encontro de Billie Jean e Marilyn Barnett (Andrea Riseborough), a cabeleireira, e futura esposa da atleta, os toques os olhares, as falas, que cena mais linda. Um rápido destaque a figurino e fotografia do filme, que e cheio de cores.

Essa cena e tão bonita, tão delicada, da vontade de ir lá cortar o cabelo.(Ou procurar alguém que corte meu cabelo assim)

Uma obra bem realizada, com ótimas atuações, com uma bela jornada do herói, mas que fica com sensação que poderia ter sido algo maior. Ele tenta mostrar seu lado de gerar uma discussão, sobre feminismo, igualdade de direitos, mas parece que tem medo de se aprofundar no assunto, e vai mais para um lado cômico, do que de real questionamento. O lado cômico tira o peso do longa, tira peso ate de mais,  ele perde a força, mas não deixa de ser uma bela historia, de mais uma das milhares de mulheres que lutam apenas para serem reconhecidas e respeitadas, como iguais(Infelizmente a luta continua), se ela servir de inspiração e reflexão, já vai ter comprido seu papel com louvor.

De 0a5: 3,5 Macth point

domingo, 14 de janeiro de 2018

Filmes de Janeiro

O Touro Ferdinando (2017)

Ferdinand

Dirigido por: Carlos Saldanha 



Divertida e inocente obra, “O Touro Ferdinando”, nos deixa de boca aberta com sua riqueza de detalhes, com carisma do seu personagem principal, mas não em empolga em seu roteiro que não sai do mais do mesmo.

Ferdinando, um pequeno touro, prefere estar sentado tranquilamente sob um sobreiro, apenas sentido o perfume das flores, à sair pulando, bufando e batendo de frente com outros touros. À medida que Ferdinando cresce grande e forte, seu temperamento permanece calmo, mas um dia, cinco homens vêm para escolher o "maior, mais rápido e mais forte touro" para as touradas em Madrid e Ferdinando é erroneamente escolhido.

Visualmente essa cena e espetacular, poderia ser mais dramática, mas OK!


A obra não traz nada de novo (não que isso seja obrigado), nenhum momento que á destaque para as de mais.  Embora toda a diversão e emoção, ao acabar o filme fica a sensação, de que logo vamos esquece-lo.  O roteiro e extremamente previsível, os personagens secundários, sub aproveitado,  nem personagem alem de Ferdinando merece destaque, talvez a cabra e o trio de  Ouriços, mas mesmo assim não muito.(O que dizer do trio de cavalos Alemãos, totalmente sem graça,desculpa )

Os detalhes da animação, são fabulosos, tem uma riqueza de detalhes incríveis. Tem uma cena perto do final do filme, onde Ferdinando entra na Arena para enfrentar “El primemeiro”, um toureiro, assim que ele entra, você vê a reação do publico ao fundo, cada pessoa lá atrás fazendo diferentes caretas, FABULOSO. Sem falar e claro na cena do Touro dentro de uma loja de porcelana. E uma obra bem fofa, não tem como não se apaixonar pelo doce Touro da cara preta. O carismático bovino nos conquista com seu olhar doce, e principalmente quando para e vai cheirar flores, sua verdadeira paixão. Uma das cenas “COISA MAIS FOFA, VOU VOMITAR ARCO-IRIS”, dos últimos tempos está aqui,  quando Ferdinando, vai reanimar um coelho que esta desacordado. 

Oweeeen, que coisa mais fofa MEU DEUS DO CÉU!!!

Por mais sensível que a obra seja, ela não se sustenta por completo,muito por falta de profundidade, ela tenta fazer uma critica a as Touradas, mas também não vai longe, poderia ser clara e direta. Ferdinado e Nina, tem pouco tempo de tela juntos, esperava ver mais deles. Mesmo com esses pequenos problemas, ”O Touro Ferdinando” é uma delicia, se você for de coração aberto, tenho certeza que vai se apaixonar por esse amor de pessoa...ops...de Touro.(Leve os pequenos para assistir vai ser bem divertido)

De0a5: 3 MUuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!