A Guerra dos Sexos (2017)
Battle of the Sexes
Dirigido por: Jonathan Dayton / Valerie Faris
Mais uma boa biografia esportiva,
e mais uma com destaque para uma protagonista mulher, isso seria ótimo, se o
filme mergulha se de cabeça na ideia da luta da causa feminista, ele ate faz
isso, mas não se aprofunda, e tropeça mais uma vez na comedia exagerada.
Na sequência da revolução sexual
e do surgimento do movimento feminista, a partida de tênis de 1973 entre a
campeã mundial feminina Billie Jean King (Emma Stone) e o ex-campeão dos homens
Bobby Riggs (Steve Carell) foi divulgada como A Guerra dos Sexos e se tornou um
dos eventos esportivos televisionados mais vistos de todos os tempos, chegando
a 90 milhões de telespectadores em todo o mundo.
Os cômicos encontros da dupla.(
Espantanto com o grau de machismo nas falas de Bobby)
Quando me refiro que o filme tropeça na
comedia, e por que o machismo contido nele, deve ser algo revoltante, você
deveria ficar incomodado ao longo do filme, mas isso não acontece, acredito que vá ter momentos que você vai
mais rir do que se incomodar, e isso
definitivamente não é o que queremos.
Porem quando ele se foca em mostrar a luta de
Billie Jean junto com as outras atletas, ai o filme só tem acertos, pois mostra
mulheres fortes, corajosas, sem precisar querer dar elementos “masculinos” para
ela. Uma mulher sim pode ir lutar pelos seus direitos e ir num salão de beleza,
uma coisa não anula a outra. (Bom, sou homem, e bem difícil falar de feminismo,
mas não gosto quando os filmes, querem retratar mulheres com força, e acabam
masculinizando as mulheres fisicamente, aqui isso não acontece)
As atuações são o grande
destaque, a dupla principal, são figuras carimbadas das premiações dos últimos
anos.Steve Carell, ele esta muito bem, dando um ar cômico ao personagem, ele esta tão
bem, que me sinto estranho, por que eu deveria odiar o personagem pelas suas
falas e posicionamento, mas ele torna tudo tão engraçado, que você vê Bob apenas como um bobo. Emma Stone é Billie
Jean, que mulheres. Emma, cada vez mais, a cada papel ela mostra o quanto e uma boa atriz, nos
gestos nos olhares você vê a doçura e
força de. Sua personagem. Já a verdadeira
Billie Jean, que mulher fantástica que exemplo de luta, infelizmente a sua luta
ainda não foi vencida, e triste saber que ainda temos muito preconceito e
machismo no esporte (na sociedade em geral).
Apesar de ser uma obra sobre
tênis, temos apenas uma cena realmente boa de tênis, e ela muito bem coreografada, tornando a cena e
bela e com certo clima de tensão. Outra momento que achei espetacular e o
primeiro encontro de Billie Jean e Marilyn Barnett (Andrea Riseborough), a cabeleireira, e futura esposa da atleta, os toques os
olhares, as falas, que cena mais linda. Um rápido destaque a figurino e
fotografia do filme, que e cheio de cores.
Essa cena e tão bonita, tão
delicada, da vontade de ir lá cortar o cabelo.(Ou procurar alguém que corte meu
cabelo assim)
Uma obra bem realizada, com
ótimas atuações, com uma bela jornada do herói, mas que fica com sensação que
poderia ter sido algo maior. Ele tenta mostrar seu lado de gerar uma discussão,
sobre feminismo, igualdade de direitos, mas parece que tem medo de se
aprofundar no assunto, e vai mais para um lado cômico, do que de real
questionamento. O lado cômico tira o
peso do longa, tira peso ate de mais,
ele perde a força, mas não deixa de ser uma bela historia, de mais uma
das milhares de mulheres que lutam apenas para serem reconhecidas e
respeitadas, como iguais(Infelizmente a luta continua), se ela servir de
inspiração e reflexão, já vai ter comprido seu papel com louvor.
De 0a5: 3,5 Macth point
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