segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Filmes de Dezembro2

O Bom Gigante Amigo (2016)

The BFG

Dirigido por: Steven Spielberg

117 minutos

Sabem aquele gostinho de infância, aquela nostalgia? O bom Gigante Amigo, traz isso. Com todo seu clima fantástico, fantasioso, e claro com toque de Steven Spielberg. Uma menina órfã indo morar com gigante, na terra dos gigantes, um filme assim vai sempre me fazer parar e assistir.
De verdade eu amei essa dupla.

Sofia era uma menina órfã que vivia em um orfanato. Uma noite, em plena Hora das Bruxas, ela é raptada por um gigante. Mas Sofia logo descobriu que ela não precisava ter medo daquele gigante, que era amigável e tinha como função soprar sonhos nas janelas das crianças.
Mesmo com toda a magia que envolve o filme, ele acaba sofrendo alguns momentos de lentidão narrativa, há momentos em que o filme literalmente para, fazendo assim com que ele fique mais longo que o necessário. Outro aspecto que particularmente eu não gostei do longa, foi seu final abrupto e totalmente anticlímax.
Faltou trabalhar mais eles.

A dupla protagonista do filme, consegue segurar ele muito bem, Sophie(Ruby Barnhill), a menina esta muito bem, o personagem exige uma personalidade forte e a menina entrega isso. E The BFG(Mark Rylance) o atual vencedor do Oscar de melhor Ator coadjuvante, mais uma vez está espetacular.  A captura de movimento ficou muito bom, seu olhar doce, seu jeito engraçado de falar, o tornam extremamente cativante. O inicio do filme, e fabuloso, a cena do encontro dos dois, o gigante fugindo e se escondendo na cidade, mostra o clima de aventura e magia, que permanecem o restante do longa.
Esse cenas na cidade, são magicas

Não é, nem de longe o melhor de Spielberg, mas ele consegue emular um pouco do espirito dos seus clássicos. Se você teve a infância nos anos 80 e 90, vai sentir aquele gosto de nostalgia, acho que o longa pode agradar mais a você do que as crianças atuais devido o ritmo dele. 

De0a5: 3,5 BFG, BFG,BFG,BFG...

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Filmes de Dezembro

Mãe Só Há Uma (2016)

Dirigido por: Anna Muylaert

82 minutos



Se você for assistir um novo “Que Horas ela volta?”, talvez você não entre na vibe do filme, embora possa haver algumas semelhanças entre os filmes, mas se você for ver para saborear mais uma obra de Anna Muylaert ,ai sim você vai desfrutar muito bem do filme.
Baseado numa história real, “Mãe Só Há Uma” é um drama familiar que retrata a vida conturbada de um adolescente de 16 anos, que vai viver com outra família ao descobrir que sua mãe o roubou na maternidade, sendo obrigado a deixar a família que o criou. Isso ocorre em um momento em que sua vida apresenta transformações, inclusive no âmbito da sexualidade
Um momento de diversas mudanças e escolhas.

E uma obra lenta, que se você assiste com um olhar mais desavisado, pode parecer um tanto quanto parada, parece que ele está sem direção, mas estamos falando da cabeça de um adolescente, então justifica essa bagunça toda. Um dos aspectos que podem ou não incomodar você, e a falta de profundidade dos demais personagens, a obra se fixa em Pierre/Felipe (Naomi Nero), e traz muito pouco dos outros personagens, cria algo com seu novo irmão sim, e são cenas ótimas, mas poderia ter feito o mesmo com sua irmã, mas não, ela acaba ficando jogada.

Que cena que me deixou tenso.


O longa ganha muita força devido as ótimas atuações, alem  do personagem principal, vamos destacar também, Daniela Deffusi, que faz o papel das duas mães, e mesmo com pouco tempo tela consegue fazer duas personagens bem diferentes, porem iguais como mães, e com grande peso narrativo. Temos cenas que descrevendo parecem simples como um jantar em família, ou uma ida ao Shopping para comprar roupas, mas não verdade são extremamente tensas e desconfortáveis, muito bem interpretadas e filmadas.
O que falar dessa então.

Mais uma vez temos aquele choque de realidades, de classes e ideias, em um filme de Anna Muylaert, e ela faz isso muito bem. O turbilhão que acontece na cabeça de Pierre / Felipe e muito bem retratado. Não bastasse toda a questão sexual que envolve o garoto ainda temos essa mudança de família. Uma obra que te faz pensar quem você é, você é o que quiser ser? Ou Você vai ser aquilo que os outros querem e dizem que você é?
                 De0a5: 4,0 Pierres...não...Felipes....não...Pierres mesmo.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Filmes de Novembro5

Animais Fantásticos e Onde Habitam (2016)

Fantastic Beasts and Where to Find Them

Dirigido por: David Yates

132 minutos

Como é bom voltar para esse universo, ainda mais desse jeito, com um filme escrito por J. K. Rowling, e sim ele entendeu que os fãs da franquia estão mais maduros e nos entrega uma história mais madura, sombria, claro tem suas pequenas (mínimas) falhas, mas mesmo assim, conseguimos perceber que a magias está lá.
O excêntrico magizoologista Newt Scamander (Eddie Redmayne) chega à cidade de Nova York com sua maleta, um objeto mágico onde ele carrega uma coleção de fantásticos animais do mundo da magia que coletou durante as suas viagens. Em meio a comunidade bruxa norte-americana que teme muito mais a exposição aos trouxas do que os ingleses, Newt precisará usar suas habilidades e conhecimentos para recuperar as criaturas que escapam da sua maleta e acaba se envolvendo em algo muito maior.
Misterioso, divertido e apaixonante Newt.

J. K. Rowling é uma fabulosa escritora, e nos entrega um bom roteiro, sim alguns vícios literários, como ficar deixando ganchos de uma cena para outro, como se fossem pequenos episódios, isso acaba bagunçando um pouco a narrativa do filme, já que temos dois fatos importantes, acontecendo ao mesmo tempo, é uma cena para os animas fantásticos, outra para o verdadeiro vilão, deixando assuntos em aberto ou inserindo alguns sem muita função para o filme.(Ok, você pode me dizer, “Mas nos próximos ela vai explicar isso”, sim, vai, mas agora estou analisando exclusivamente esse, quando chegar o próximo eu digo se fez sentido). Umas das pequenas coisas que me incomodou, apesar do conceito ser F0d@, o visual ser do carvalho, foi o vilão do filme, uma aparição fenomenal, porem desnecessária que ainda queima o personagem Percival Graves (Colin Farrell) que estava tão bem, pena que não vai aparecer mais.
Que dupla, toma aqui 50 reais.

Sombrio, sim o filme e bem sombrio, o que é muito bom, todo o clima do filme, a NY criada, como um filme com tantos elementos fantásticos e mágicos, pode ter tanta realidade, tem muito do nosso mundo nessa obra, coisas de J. K. Rowling. Assim como a ambientação do filme, está maravilhosa, temos boas atuações Porpentina Goldstein (Katherine Waterston) e Queenie Goldstein (Alison Sudol) estão muito bem,  Queenie é uma personagem encantadora. Jacob Kowalski (Dan Fogler), foi uma surpresa muito agradável, não esperava muito do seu personagem, mas ele surpreendeu positivamente. Já Credence (Ezra Miller) não me surpreendeu, estava esperando uma boa atuação dele é nos entrega isso. E é claro Newt Scamander (Eddie Redmayne) o cara é muito bom, tem uma atuação física fabulosa, que dá um charme a mais ao personagem, grande destaque para cena onde ele faz uma espécie de “Dança do acasalamento”, fabuloso.
Os animais, quando apareciam era fantástico.(boa piada)

Não é genial, tem suas falhas de ritmo, mas ótimas atuações e toda magia que só J. K. Rowling pode nos dar, fazem o filme se destacar no meio de tantos blockbusters. A forma como magia e colocada, sem perder o realismo, as alegorias que J.K. cria, os EUA, e seu excessivo controle na fiscalização e rigor no cumprimento da lei, o mundo bruxo a beira de um ataque das trevas (e nosso mundo a segunda guerra chegando) UAU!!! Muitas palmas. Nós não precisamos ter uma mente que consiga imaginar e criar coisas tão fantásticas, J.K. já faz isso por nós, e faz muito bem.

De0a5: 4,0 Pelúcios