quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Filmes de Dezembro

Mãe Só Há Uma (2016)

Dirigido por: Anna Muylaert

82 minutos



Se você for assistir um novo “Que Horas ela volta?”, talvez você não entre na vibe do filme, embora possa haver algumas semelhanças entre os filmes, mas se você for ver para saborear mais uma obra de Anna Muylaert ,ai sim você vai desfrutar muito bem do filme.
Baseado numa história real, “Mãe Só Há Uma” é um drama familiar que retrata a vida conturbada de um adolescente de 16 anos, que vai viver com outra família ao descobrir que sua mãe o roubou na maternidade, sendo obrigado a deixar a família que o criou. Isso ocorre em um momento em que sua vida apresenta transformações, inclusive no âmbito da sexualidade
Um momento de diversas mudanças e escolhas.

E uma obra lenta, que se você assiste com um olhar mais desavisado, pode parecer um tanto quanto parada, parece que ele está sem direção, mas estamos falando da cabeça de um adolescente, então justifica essa bagunça toda. Um dos aspectos que podem ou não incomodar você, e a falta de profundidade dos demais personagens, a obra se fixa em Pierre/Felipe (Naomi Nero), e traz muito pouco dos outros personagens, cria algo com seu novo irmão sim, e são cenas ótimas, mas poderia ter feito o mesmo com sua irmã, mas não, ela acaba ficando jogada.

Que cena que me deixou tenso.


O longa ganha muita força devido as ótimas atuações, alem  do personagem principal, vamos destacar também, Daniela Deffusi, que faz o papel das duas mães, e mesmo com pouco tempo tela consegue fazer duas personagens bem diferentes, porem iguais como mães, e com grande peso narrativo. Temos cenas que descrevendo parecem simples como um jantar em família, ou uma ida ao Shopping para comprar roupas, mas não verdade são extremamente tensas e desconfortáveis, muito bem interpretadas e filmadas.
O que falar dessa então.

Mais uma vez temos aquele choque de realidades, de classes e ideias, em um filme de Anna Muylaert, e ela faz isso muito bem. O turbilhão que acontece na cabeça de Pierre / Felipe e muito bem retratado. Não bastasse toda a questão sexual que envolve o garoto ainda temos essa mudança de família. Uma obra que te faz pensar quem você é, você é o que quiser ser? Ou Você vai ser aquilo que os outros querem e dizem que você é?
                 De0a5: 4,0 Pierres...não...Felipes....não...Pierres mesmo.

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