segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

FIlmes de Janeiro 2

O Nascimento de Uma Nação (2016)

The Birth of a Nation

Dirigido por: Nate Parker

120 minutos


Dor, angústia, revolta, esses são alguns dos sentimentos que você vai sentir ao assistir O nascimento de uma nação. Apesar de pequenos erros o filme é um grande acerto, pois mais uma vez mostra a escravidão e sim temos que falar sobre ela.

Nat Turner (Nate Parker), um escravo letrado e pregador, é usado pelo seu proprietário Samuel Turner (Armie Hammer) para acalmar os escravos rebeldes. Depois de testemunhar inúmeras atrocidades, ele decide elaborar um plano e liderar o movimento de libertação do seu povo.
Uma cena visualmente linda, mas que pouco dialoga com o filme.
Embora todo o primeiro e ato do filme, é seja importante e da um ar sobrenatural para o nosso personagem principal, ele e bem arrastado e com alguns elementos que acabam sendo deixados de lado ao longo do filme. O diretor também, perde algumas oportunidades no terceiro ato,a narrativa anda,  mas nos leva para um sequencia final, com uma batalha totalmente ante clímax. Nesta parte final também temos algumas homenagens a outros filmes, mas que soam muito mais com Eu já vi isso antes, é melhor do que homenagem.

Apesar de ser muito lento, a obra consegue criar muito bem o clima de tensão e revolta. Cenas fortes, pesadas, que vão alimentando nosso sentimento de revolta, toda angústia e raiva, nos dá força para lutar junto com Nat. Nat, um ótimo personagem, o lance messiânico dele, e bem construído, a atuação de Nate Parker(Mesmo que como eu falei algumas coisas são deixadas, to falando de você cicatriz no peito), realmente muito boa, você sente ele segurando toda a dor, ao mesmo tempo com um olhar inocente de esperança.
Nat, pregando ainda sob olhar repressor.
A obra tem cenas maravilhosas, são fortes, chocantes, mas não deixam de serem bem construídas e não estão lá gratuitamente. Os discursos religiosos de Nat, são incríveis, você vê como usavam de um interpretação  da bíblia para justificar a escravidão, e era tão bem feito que ate mesmo os escravos acreditavam. De repente vem a mudança na cabeça de Nat, que dá outro significado as palavras bíblicas, (uma cena linda), e parte para a luta por liberdade (Temos muito isso hoje em dia, vários significados, para os mesmos textos religiosos não?). Que fique registrado que a cena das arvores do final do filme e linda, porem muito forte, respire e aguente.
Sem palavras.

Não vou falar do filme de D.W. Griffith, nem da polemica que cerca o diretor do filme. Se objetivo era nos mostrar o um personagem negro forte, que mesmo sendo colocado em varias cenas sendo submisso, subjugado consegue mostrar sua grandeza, se objetivo era mostrar um acontecimento histórico triste, mais importante, que deve ser discutido ate os dias de hoje, não podemos esquecer a escravidão e seu mal, que nos atinge e deixa suas marcas ate hoje, nesse ponto a obra atinge seu objetivo, mas que desperdiça uma ótima oportunidade de ser brilhante, infelizmente desperdiça.

De 0a5: 3,8 Interpretações de livros religiosos 

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