domingo, 12 de fevereiro de 2017

Filmes de Fevereiro2

La La Land: Cantando Estações (2016)

La La Land


Dirigido por: Damien Chazelle


128 minutos




Que fantástico, que fabuloso, que magico, que lindo, não, não e inovador, inclusive e cheio de clichês, não traz novidades, mas e muito, MUITO bem feito. Cinema referenciando cinema, quando isso e tão bem feito, eu choro (to falando serio), tecnicamente perfeito, e com a mensagem de não desista dos seus sonhos, “La La Land” se torna meu filme fofo, coisa linda do papai do ano.(obrigado Damien Chazelle, seu lindo segundo ano, que me apaixono por você)
Ao chegar em Los Angeles, o pianista de jazz Sebastian conhece a atriz iniciante Mia e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo.
Um musical, e isso infelizmente afasta algumas pessoas, (problema delas), e um romance daqueles bobos e clichês, nesse ponto o filme, não apresenta nada que você nunca tenha visto antes. Ele quer muito mais fazer uma homenagem do que qualquer outra coisa, se você for muito critico com obra ele pode parecer um “Eu já vi isso antes”, o que pode tornar experiência de assistir o longa algo cansativo e repetitivo.
Olha essa fotografia, olha essas cores.
Porém, se você é um apreciador do cinema clássico, o filme vai dialogar com você, sua homenagem a Hollywood clássica e fantástica, desde os figurinos, cenários, passando pela montagem e fotografia. Tecnicamente uma obra impecável, sua narrativa não desliza, a trilha sonora e uma delícia, direção arte e elenco fabulosos. Chazelle prova mais uma vez que entende muito de música e cinema.
As atuações estão bem regulares, Ryan Gosling como Sebastian Wilder, tem todo seu carisma, o fato de ele realmente ter aprendido a tocar piano, conta a seu favor, mas cantado ainda teria que treinar mais. Emma Stone é Mia Dolan ta fantástica, segura o filme, ela e um dos grandes destaques do longa, atuando e cantando.
Clássico ate nos figurinos.
O filme tem seus ótimos momentos, como uma das primeiras audições de Mia, que ninguém esta prestando atenção nela, o discurso de Keith (John Legend) para Sebastian, que é o momento de virada do longa. Mas brilha mesmo, na sua cena de abertura, que show, um plano sequencia (falso, mas quem se importa, edição show), outra super cena e a da musica “City of Stars”, que sincronia, que espetáculo de musica, a câmera dança junto (chorei). E a cena final, MEU PAI AMADO, que sequência, viemos de uma quebra de expectativa, que nos joga lá em baixo, de repente tudo muda, temos dança, que cores, que energia, voltamos e nos sentimos recompensados.
Não falo nada só sinto.
Não é o melhor, não era intenção, acredito que que obra esteja mais como homenagem, não uma copia, encare o longa como uma rápida e gostoso viagem no tempo, onde voltamos para a Hollywood clássica de sonhos. O roteiro simples, nos deixa livre para prestarmos atenção em todas as cores do filme e sua beleza técnica, sem sombras de duvidas e umas dar produções mais bem executada dos últimos anos, então apenas se solte e siga dançando em busca dos seus sonhos, e clichê dizer isso né? Mas e lindo e verdeiro, então deve ser dito, assim como la la Land deve ser assistido.

De0a5: 5 O amor deve ser cantado

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

FiImes de Fevereiro

Kubo e as Cordas Mágicas (2016)

Kubo and the Two Strings
Dirigido por: Travis Knight

Difícil acreditar que este filme e stop motion, tamanho sua perfeição visual. Uma obra nem tão infantil, apesar do colorido, “Kubo e as Cordas Mágicas” tem uma poesia, alem de nos encantar com sua bela e clássica jornada do herói, nos faz pensar, em nossos parentes que já partiram nas memorias doces e alegres, que podem nos dar força para seguir em frente e superarmos a dor da perda.
Kubo vive uma normal e tranquila vida em uma pequena vila no Japão com sua mãe. Até que um espírito vingativo do passado muda completamente sua vida, ao fazer com que todos os tipos de deuses e monstros o persigam. Agora, para sobreviver, Kubo terá de encontrar uma armadura mágica que foi usada pelo seu falecido pai, um lendário guerreiro samurai.
São maravilhosas as cenas onde Kubo utiliza seu shamisen, para dar vida aos seus origamis.
Mesmo com todo seu colorido e sua história atrativa, o segundo ato de “Kubo e as Cordas Mágicas” fica um pouco arrastado. Fala se muito da “Quest”,e da sua importância, mas pouco é explicado, você acaba se sentido perdido. Sim, temos a explicação no final do filme, mas parece que dai tudo acaba ficando corrido, e ritmo suave e poético do filme, parece esquecido, retornando apenas nos últimos 5 minutos.
A ambientação criada no filme e fabulosa, cheio de mistérios, criando uma mitologia própia, mas muito influenciada pela cultura asiática, o longa acerta em cheio em nesse ponto, e muito bom ir conhecendo a história junto com Kubo. Esse menino e fascinante, Kubo e doce e forte, corajosa, mas também cheio de medos, sem falar que não comum, ver um personagem infantil que não tem um dos olhos. A fácil criar um vínculo com o menino, e torcer por ele, o longa constroem muito bem o personagem, mesmo não saído do convencional. Os demais personagens são interessantes, até são bem apresentados, não com tanta profundidade, um rápido destaque para o macaco e o besouro, ambos acompanham a jornada de Kubo, e o final deles e surpreendente, além de ser revelador.
No começo não parece haver química com  esse trio, mas com passar do tempo, tudo se encaixa. 

E uma animação? Sim, e coisa de criança? Também é, mas você adulto assista junto. Apesar do colorido o filme tem seus momentos de terror, principalmente, as aparições das tias de Kubo, chamando o garoto “kuubooooooo”, são momentos que os menores podem acabar se assustando, assim como o duelo final.(estamos falando do mesmo estúdio que produziu Coraline).
Kuuuuboooooooooooooo!

Não é totalmente original, mas sai um pouco do convencional das animações que temos no mercado. Uma obra com olhar para o público infantil, que trabalha a morte, principalmente a aceitação da morte, a dor da perda, de uma forma tão poética e lúdica, e difícil de achar. Vale muito dar uma chance para “Kubo e as Cordas Mágicas ” ate o final, ver que mesmo nos momentos difíceis, que estamos mais triste, pudemos nos apegar a boas memorias, e naquelas pessoas que consideramos nossa família, nunca se esqueça da sua família, não importa como ela seja formada, por amigos, parentes, macaco, besouros, etc.

De0a5: 4,0 Se você for piscar faça isso agora!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Filmes de Janeiro5

Um Limite Entre Nós (2016)

Fences 

Dirigido por: Denzel Washington

138 minutos

Como o ambiente o pode nos mondar, e como nos podemos mondar o ambiente. E importante parar e  pensar no papel da família na nossa formação, principalmente nossos pais, o quanto deles nos carregamos, seja isso bom ou ruim. Até mesmo você pai e mãe, o que gostaria de passar de ensinamentos para os seus e filhos? E como passar isso, sem se desvincular do ensinamentos dos seus pais? Que louco isso, pois isso é “Fences” na minha humilde visão, acompanhado de atuações espetaculares e roteiro fabuloso.
um jogador de beisebol aposentado Troy (Denzel Washington), que sonhava em se tornar um grande jogador durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de passar por complicados momentos de seu relacionamento com a esposa Rose(Viola Davis), filhos e os amigos.
Troy, dor, desespero, raiva, amor e uma baita atuação de  Denzel

Extremamente lento, falado, uma obra muito teatral, o diretor se esforçou ao máximo para  passar a peça premiada Broadway, para a mídia do cinema. O longa da certo graças ao seu ótimo roteiro e atuações, se não fosse isso algumas pessoas dormiriam assistindo o filme. Há poucos cenários, a maioria das cenas de conversas são sempre apenas dois personagens em tela, se você não comprar a mensagem que o filme esta passando, vai ficar difícil aguentar.
Que roteiro, MEU DEUS DO CÉU, que texto lindo. Sua beleza esta na força dele, como ele real, como ele se relaciona com nossas vidas, como e simples e magicamente real, e dito com verdade pelos atores, que determinados momento, não é um filme, e a vida. Atuações de outro mundo. Denzel Washington é o cara, ao mesmo tempo que você odeia ele,(sim, você vai odiar ele), você sente uma pena, por que acompanha todo seu esforço para manter a família bem. Realmente uma atuação assombrosa eu me senti intimidado por Troy vários momentos eu acabava concordando com ele, só pela sua força.(e medo é claro). E temos que falar de Viola, que mulher, que empoderamento, ela passa por tanta coisa, e termina o filme sambando(nem tanto). Sua personagem tem uma cena, UMA CENA ESPETACULAR, ela recebe uma notícia que muda sua vida, muda até seu passado, e faz um discurso, que da vontade de levantar, entrar no filme e abraçar ela “E isso aí mesmo” e depois chorar junto com ela.
No começo apagada, mas quando o personagem acende, NOSSA!!! ( me adota Viola)
Os demais personagens servem apenas para dar suporte a Troy, não são ruins, mas são bem coadjuvantes, ate mesmo Cory o filho mais novo, que tem seu destaque, mas apenas em cenas com seu pai. O grande poder esta nos diálogos, perfeitos, tudo muito cru, é falado do preconceito racial, do papel da mulher na família, a paternidade, tudo de uma forma genial, parece a conversa que você, se já não teve, vai ter com sua família.

Diálogos inteligentes, e atuações magistrais, iram fascinar você, mas o fato de o filme abordar algo tão presente em nossas vidas, com certeza é o que mais vai atrair você. Como nos construímos cercas a nossa volta para manter as pessoas que gostamos perto, e proteger elas, mas ao mesmo tempo limitamos o mundo delas ao nosso mundo, assim como somos limitados pelas cercas dos outros, ate que ponto temos total liberdade das nossas escolhas e destinos, que não deixam de ser influenciadas pelo meio que nos cerca.

De0a5: 4,7 Blue

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

FIlmes de Janeiro4

Moana: Um Mar de Aventuras (2016)

Moana

Dirigido por: John Musker / Ron Clements

113 minutos



Todo mundo nasce destinado a ser ou fazer algo nessa vida, mas quer saber? Faça o que você quiser, seja o que você quiser (se conseguir tatuar suas conquistas, afirmo que isso ia ficar fantástico). Você vai cometer erros, e pessoas iram errar com você, mas isso faz parte da vida, da evolução, vai ter que perdoar algumas pessoas  e pedir perdão também. No final nada melhor do que nos conhecermos e sermos donos do nosso destino.

Moana Waialiki é uma corajosa jovem, filha do chefe de uma tribo na Oceania. Querendo descobrir mais sobre seu passado e ajudar sua família, ela resolve partir em busca de seus ancestrais, habitantes de uma ilha mítica que ninguém sabe onde é. Com a ajuda do lendário semideus Maiu, Moana começa sua jornada pelo mar aberto, onde vai enfrentar criaturas marinhas e descobrir antigas histórias do submundo.
O filme já começa com uma fofura dessas.
O filme é fabuloso, não é perfeito. Algumas sequencias e gags são exageradas, repetitivas e ocupam tempo de mais. O galo (Heihei), estava ótimo, mas suas Gags cômicas, tonam-se repetitivas, por que acabam aparecendo de mais, o que tira um pouco de sua graça. Embora Moana e Maiu, segurem bem o filme, a mecânica do dois juntos poderia ser resolvida rapidamente, o longa perde um bom momento tentando criar um vinculo entre os dois.
As Tatuagens de Maui, que perfeição de animação.
Que espetáculo visual, perfeito, o longa e uma obra de arte. Não tem como ser mais perfeito, o mar, a areia, os cabelos, TUDO MUITO FANTÁSTICO. A direção de John Musker e Ron Clements, continua impecável, a narrativa embora pare em alguns momentos, mas cumpre bem o proposito, as canções são bem encaixadas, no geral o filme flui que uma delicia.
As cores vibrantes que te colocam dentro do longa.
A caracterização dos personagens também e algo a se aplaudir de pé, são perfeitos, representa bem o povo Maori. O filme como um todo apresenta muito bem essa cultura, saindo um pouco daquela formula Princesas europeias e seus castelos. Sem dar muito spoilers, mas o vilão do filme e algo bem, mas beeeeem interessante.
Ainda estou apaixonado pelo filme.

Além de apresentar um novo mundo, Moana, nos apresenta mais uma vez uma personagem feminina  líder, forte, que vai em busca dos sonhos para construir sua própria história, mas agora ate visual da princesa, e diferente (Lembrem de não chamar ela de princesa). Um corpo com curvas, moreno, nariz grande, ela é  diferente, o longa é diferente, seja diferente ISSO E LINDO. Obra que com seu colorido e humor vai encantar crianças, mas com uma mensagem para fazer adultos refletirem, sobre reconhecer seus erros.

De0a5: 4,5 Te Fiti