segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Filmes de Janeiro5

Um Limite Entre Nós (2016)

Fences 

Dirigido por: Denzel Washington

138 minutos

Como o ambiente o pode nos mondar, e como nos podemos mondar o ambiente. E importante parar e  pensar no papel da família na nossa formação, principalmente nossos pais, o quanto deles nos carregamos, seja isso bom ou ruim. Até mesmo você pai e mãe, o que gostaria de passar de ensinamentos para os seus e filhos? E como passar isso, sem se desvincular do ensinamentos dos seus pais? Que louco isso, pois isso é “Fences” na minha humilde visão, acompanhado de atuações espetaculares e roteiro fabuloso.
um jogador de beisebol aposentado Troy (Denzel Washington), que sonhava em se tornar um grande jogador durante sua infância, agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de passar por complicados momentos de seu relacionamento com a esposa Rose(Viola Davis), filhos e os amigos.
Troy, dor, desespero, raiva, amor e uma baita atuação de  Denzel

Extremamente lento, falado, uma obra muito teatral, o diretor se esforçou ao máximo para  passar a peça premiada Broadway, para a mídia do cinema. O longa da certo graças ao seu ótimo roteiro e atuações, se não fosse isso algumas pessoas dormiriam assistindo o filme. Há poucos cenários, a maioria das cenas de conversas são sempre apenas dois personagens em tela, se você não comprar a mensagem que o filme esta passando, vai ficar difícil aguentar.
Que roteiro, MEU DEUS DO CÉU, que texto lindo. Sua beleza esta na força dele, como ele real, como ele se relaciona com nossas vidas, como e simples e magicamente real, e dito com verdade pelos atores, que determinados momento, não é um filme, e a vida. Atuações de outro mundo. Denzel Washington é o cara, ao mesmo tempo que você odeia ele,(sim, você vai odiar ele), você sente uma pena, por que acompanha todo seu esforço para manter a família bem. Realmente uma atuação assombrosa eu me senti intimidado por Troy vários momentos eu acabava concordando com ele, só pela sua força.(e medo é claro). E temos que falar de Viola, que mulher, que empoderamento, ela passa por tanta coisa, e termina o filme sambando(nem tanto). Sua personagem tem uma cena, UMA CENA ESPETACULAR, ela recebe uma notícia que muda sua vida, muda até seu passado, e faz um discurso, que da vontade de levantar, entrar no filme e abraçar ela “E isso aí mesmo” e depois chorar junto com ela.
No começo apagada, mas quando o personagem acende, NOSSA!!! ( me adota Viola)
Os demais personagens servem apenas para dar suporte a Troy, não são ruins, mas são bem coadjuvantes, ate mesmo Cory o filho mais novo, que tem seu destaque, mas apenas em cenas com seu pai. O grande poder esta nos diálogos, perfeitos, tudo muito cru, é falado do preconceito racial, do papel da mulher na família, a paternidade, tudo de uma forma genial, parece a conversa que você, se já não teve, vai ter com sua família.

Diálogos inteligentes, e atuações magistrais, iram fascinar você, mas o fato de o filme abordar algo tão presente em nossas vidas, com certeza é o que mais vai atrair você. Como nos construímos cercas a nossa volta para manter as pessoas que gostamos perto, e proteger elas, mas ao mesmo tempo limitamos o mundo delas ao nosso mundo, assim como somos limitados pelas cercas dos outros, ate que ponto temos total liberdade das nossas escolhas e destinos, que não deixam de ser influenciadas pelo meio que nos cerca.

De0a5: 4,7 Blue

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