Um Limite Entre Nós (2016)
Fences
Dirigido por: Denzel Washington
138 minutos
Como o ambiente o pode nos mondar, e como nos
podemos mondar o ambiente. E importante parar e pensar no papel da família na
nossa formação, principalmente nossos pais, o quanto deles nos carregamos,
seja isso bom ou ruim. Até mesmo você pai e mãe, o que gostaria de passar de
ensinamentos para os seus e filhos? E como passar isso, sem se desvincular do
ensinamentos dos seus pais? Que louco isso, pois isso é “Fences” na minha
humilde visão, acompanhado de atuações espetaculares e roteiro fabuloso.
um jogador de beisebol aposentado Troy (Denzel
Washington), que sonhava em se tornar um grande jogador durante sua infância,
agora trabalha como coletor de lixo para sobreviver. Ele terá de passar por
complicados momentos de seu relacionamento com a esposa Rose(Viola Davis),
filhos e os amigos.
Troy, dor, desespero, raiva, amor e uma baita atuação de Denzel |
Extremamente lento, falado, uma obra muito teatral,
o diretor se esforçou ao máximo para passar a peça premiada Broadway, para a mídia
do cinema. O longa da certo graças ao seu ótimo roteiro e atuações, se não
fosse isso algumas pessoas dormiriam assistindo o filme. Há poucos cenários, a
maioria das cenas de conversas são sempre apenas dois personagens em tela, se
você não comprar a mensagem que o filme esta passando, vai ficar difícil
aguentar.
Que roteiro, MEU DEUS DO CÉU, que texto lindo.
Sua beleza esta na força dele, como ele real, como ele se relaciona com nossas
vidas, como e simples e magicamente real, e dito com verdade pelos atores,
que determinados momento, não é um filme, e a vida. Atuações de outro mundo.
Denzel Washington é o cara, ao mesmo tempo que você odeia ele,(sim, você vai odiar
ele), você sente uma pena, por que acompanha todo seu esforço para manter a
família bem. Realmente uma atuação assombrosa eu me senti intimidado por Troy vários
momentos eu acabava concordando com ele, só pela sua força.(e medo é claro). E
temos que falar de Viola, que mulher, que empoderamento, ela passa por tanta
coisa, e termina o filme sambando(nem tanto). Sua personagem tem uma cena, UMA
CENA ESPETACULAR, ela recebe uma notícia que muda sua vida, muda até seu
passado, e faz um discurso, que da vontade de levantar, entrar no filme e
abraçar ela “E isso aí mesmo” e depois chorar junto com ela.
No começo apagada, mas quando o personagem acende, NOSSA!!! ( me adota Viola) |
Os demais personagens servem apenas para dar
suporte a Troy, não são ruins, mas são bem coadjuvantes, ate mesmo Cory o filho
mais novo, que tem seu destaque, mas apenas em cenas com seu pai. O grande
poder esta nos diálogos, perfeitos, tudo muito cru, é falado do preconceito
racial, do papel da mulher na família, a paternidade, tudo de uma forma genial,
parece a conversa que você, se já não teve, vai ter com sua família.
Diálogos inteligentes, e atuações magistrais,
iram fascinar você, mas o fato de o filme abordar algo tão presente em nossas
vidas, com certeza é o que mais vai atrair você. Como nos construímos cercas a
nossa volta para manter as pessoas que gostamos perto, e proteger elas, mas ao
mesmo tempo limitamos o mundo delas ao nosso mundo, assim como somos limitados
pelas cercas dos outros, ate que ponto temos total liberdade das nossas
escolhas e destinos, que não deixam de ser influenciadas pelo meio que nos
cerca.
De0a5: 4,7 Blue
De0a5: 4,7 Blue
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