sexta-feira, 29 de julho de 2016

ME JOGUEI #1

Necropolis
Gênero: Adventure
Produtora: Harebrained Schemes
Desenvolvimento: Harebrained Schemes
 Para: LINUX , PC , MAC ,  XBOX-ONE , PS4
(Devo fazer uma gameplay?)

Como e difícil sobreviver as cavernas de “Necropolis”, não basta-se o clima dark, a voz do além que fica me tirando, os inimigos aparecem em hordas, com sague nos olhos, porem e uma sensação muito prazerosa quando você consegue vence-los.
Ah lek!

Em Necropolis, você controla um aventureiro sem nome que deve escapar de um calabouço vivo e mágico, capaz de se reconstruir a cada vez que é explorado, as mortes são constantes e cada vez que você retorna como um novo aventureiro as cavernas estão diferentes. Você pode jogar com amigos, em co-op de até quatro jogadores, buscando e fabricando equipamentos, explorando todos os cantos das e lutando para continuarem vivos (embora por pouco tempo).
OQ?

A jogabilidade não é o ponto alto do game, embora seja simples a e mecânica da câmera atrapalha de mais, principalmente nos momentos em que você está cercado pelos inimigos. O cenário e bem simples, poligonal, se você quer gráficos não vai encontrar aqui, mas a estética funciona muito bem para a proposta do jogo.


Cada dungeon nova, um susto novo.

Deve ter uma história, se você prestar atenção no “narrador” suas falas querem contar algo, mas o principal e tentar sobrevier o máximo de tempo possível e conseguir cumprir os objetivos de cada uma das dungeons.


Preparem se para encrenca!

Visualmente agradável, não e nada de outro mundo, a câmera atrapalha um pouco o jogo, mas assim que você pega o jeito o jogo flui tranquilamente. Apesar do visual, eu achei ele bem imersivo, e acredite assustador, mesmo com a falta de uma narrativa explicando o que está acontecendo (talvez não tenha necessidade). Necropolis e bem recompensador, carregar a energia da espada e sair cortando vários monstrinhos e uma sensação muito boa, ainda mais depois que eles te cercaram eu não esperavam por isso.

De0a5: 3,8 mortes 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Filmes de Julho4

Caça-Fantasmas (2016)

Ghostbusters

Dirigido por: Paul Feig


116 minutos
       


EU GOSTEI! Não é uma obra excepcional, mas é muito divertida e competente, tudo que eu esperava do filme ele cumpre. O longa e uma comedia muito agradável, a história funciona, as personagens funcionam, se você assistiu e não gostou, tudo bem, mas ele é bom.

Uma (nem tão) respeitada professora da Universidade de Columbia, Erin Gilbert (Kristen Wiig) escreveu anos atrás um livro sobre a existência de fantasmas em parceria com a colega Abby Yates (Melissa McCarthy). A obra, que nunca foi levada a sério, é descoberta por seus pares acadêmicos e Erin perde o emprego. Quando Patty Tolan (Leslie Jones), funcionária do metrô de Nova York, presencia estranhos eventos no subterrâneo, Erin, Abby e Jillian Holtzmann (Kate McKinnon) se unem e partem para a ação pela salvação da cidade e do mundo.
Ate Chris Hemsworth funciona incrivelmente bem

Devido a todo a polemica que cercava o filme, e fui assisti-lo já querendo gostar, procurando coisas boas para prender minha atenção, mas sem deixar de lado suas falhas. Embora alguns diálogos sejam hilários, cheio de improvisos das atrizes, alguns momentos isso atrapalha o filme, falas sem sentido, em que o espectador fica boiando. Na hora de montar o filme, na edição o diretor simples deixou tudo passar. Outro aspecto que filme tropeça assim como os antigos “Caça-Fantasmas” e no vilão, ele narrativamente e muito fraco, sua motivação e qualquer coisa, não passa quase nenhuma ameaça, por mais que a sequência final tente mostrar o contrário o filme não tem nenhum um pouco senso de urgência. Um rápido apontamento no longa, temos três personagens cientistas no grupo e a única que não é cientista e a personagem negra, não estou falando que filme foi racista, até porque ele consegue justificar muito bem a participação da personagem, ela tem cenas só para ela, tem seu brilho e importante para o desenvolvimento da trama, não está lá apenas para cumprir cotas, mas e um cuidado que filme tão político poderia ter tomado.

Eu sai da sessão querendo ser um caça- Fantasma, ponto para o filme.

Mas todos esses pequenos defeitos, ficam praticamente apagados devido a todo a excelência que filme atinge no que se refere humor. As quatro Caça-Fantasmas, juntas são hilárias, cada uma do seu jeito, com seu estilo de humor, mas dei boas risadas com todas, claro que quando estavam todos juntas era melhor ainda. O longa também acerta no seu tom crítico, fazendo graça com todas as críticas que recebeu antes mesmo de ser lançado. Tem gente (homens babacas) que  se sentiram ofendidos com as provocações contra o status do homem, que as vezes eram bem leves e outras bem diretas, como todos os homens do filme serem babacas, a crítica delas aos comentários do haters sobre seus vídeos no Youtube (essa eu achei genial), o laser no saco do vilão. Foi ofensivo de certa forma? Foi, o filme generaliza? Sim, mas de uma maneira divertida e se você tem o mínimo de inteligência vai perceber que uma piada, uma sátira a atual status do homem da e da mulher no cinema e porque não na sociedade também.
Acho que estou levemente apaixonado.

Filmes blockbusters não obrigatoriamente precisam, ser inclusivos, não precisam provocar mudanças na sociedade, embora eles representem o atual momento que sociedade está passando, mas se ele faz isso, se ele faz isso, ele fica maravilhoso, por mais que cinema seja entretenimento ele também é uma arte, e arte tem que ser provocadora. Olha o filme não é tudo isso não, é muito engraçado, mas narrativamente fraco, mas ele mostra o real empoderamento das mulheres, sim elas podem ser Caça-Fantasmas, sim eles podem e devem ser o que elas quiserem, e você homem (e mulher acredite, tem mulheres que pensam assim) se você se sentiu ofendido com a forma que o filme representa os homens, ENTÃO DEIXA DE AGIR DA MANEIRA QUE  O FILME REPRESENTOU OS HOMENS!!!

De0a5: 3,8 geleias 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Filmes de Julho3

MARGUERITE E JULIEN (2016)
Marguerite et Julien 2015

Dirigido por: Valérie Donzelli



105 minutos


BAH!!!, Dificil falar de um filme tão forte, em vários aspectos, vou tentar ser delicado e belo assim como o amor de Marguerite e Julien, mas sei que isso vai ser complicado assim como o amor de Marguerite e Julien.
Julien (Jérémie Elkaïm) e Marguerite (Anaïs Demoustier) de Raval, filho e filha do senhor de Tourlaville, amam-se ternamente desde a infância. Mas, quando crescem, o amor se transforma em uma paixão avassaladora. Sua aventura escandaliza a sociedade, que passa a persegui-los.


O forte amor que desde da infância já se mostra muito grande.

Acho que agora você já entendeu toda a polemica da obra, o assunto é bem delicado, mas o foco é o amor entre os dois, o certo e o errado estão lá, mas o principal e ver como era forte esse amor. O filme e muito lento, troca de olhares demoradas, cenas congeladas, se muita gente não deixar de assistir ele por achar imoral, acho que iram deixar de assistir na metade, por achar lento e cansativo. O relacionamento e bem construído, mas perde-se muito tempo no Julie e Marguerite juntos, agora separados, agora juntos, agora separados, só na final mesmo que o filme avança e ganha em ritmo. Um aspecto técnico que não me agradou muito, foi o fato da diretora querer dar um ar atemporal ao filme, toda sua fotografia e figurinos (Que são muito bonitos ambos) e dos anos 1600, época que a história realmente aconteceu, mas de repente ela joga um carro em cena e no final um helicóptero, ta ok, legal, mas para mim não funcionou, na verdade funcional para me tirar do filme, em cenas importantes. 


A religião e algo que esta dentro da família, dentro dos personagens e algo que os motiva, e a fé deles, mas também e aquilo que os condena.

Agora vamos a parte onde vamos brigar ou não. Uma das coisas mais interessantes e que gostei na obra, que ela e contada como um tipo de conto, como uma história que contamos para crianças antes de dormir literalmente. Quem narra a história e uma menina mais velha que está contando essa história para outras meninas mais novas em tipo de orfanato ou internato para meninas. Essa maneira de narrar a história é de uma poesia fantástica, você contar uma história de amor tão questionável de uma maneira tão inocente, ai filme acerta em jogar comigo. A obra e romântica de mais, sem ser pegajosa e boba, simplesmente romântica. Você se envolve com os personagens, o filme tem essa capacidade de fazer você torcer por um final feliz para os dois irmãos, por que além de sentir o amor que um sente pelo outro, você sente a dor que os dois passando por causa deste amor. Todas as cenas envolvendo os protagonistas são muito belas e delicadas, exceto uma das duas sequências de sexo do longa, onde os dois estão no meio de uma floresta sujos, no barro, é selvagem, propositalmente selvagem. A fotografia e belíssima, os figurinos e maquiagem estão maravilhosos.


Coisa linda de meu DEUS!

 A obra não levanta nenhuma bandeira, ela não quer forma uma nova ideia de pensamento, nem que você mude a sua. A mensagem e bem simples, antes de julgar Marguerite e Julien, olhe a história deles, veja o sofrimento que eles passaram, a não aceitação que eles tiveram a culpa que eles sentiam, mesmo sem não fazer mal a ninguém, mesmo sem entender o sentimento que eles sentiam.

De0a5: 3,8 melhores frases para se colocar na lápide.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Filmes de Julho2

O Escaravelho do Diabo (2016)

Dirigido por: Carlos Milani


Não é uma bomba, não é horrível, não é divertido, não é assustador, e uma obra bem mais ou menos, se você tiver tempo assista, o roteiro apesar do suspense todo, e simples, uma obra rápida, mas se não tiver oportunidade, não precisa correr atrás, pode levar a vida do seu jeito numa boa.
Vítimas ruivas recebem um escaravelho antes de serem assassinadas. Essa é a única pista de que Alberto (Thiago Rosseti) dispõe para chegar àquele estranho criminoso. Qual a relação entre ruivos e escaravelhos? Quem será o próximo?



Alberto (Thiago Rosseti) esforçado e forçado.
O filme fica no meio do caminho em vários aspectos, esse é seu problema ele não se define não se assume. O filme dá uma modernizada na história que é baseada em uma serie de livros chamados "Serie Vaga-Lumes" que foram publicados nos anos 70 e 80  (que eu não li), coloca elementos como tablets, celulares, porem todo o ambiente da pequena cidade de "Vila das Flores" e muito retro, alguns personagens parecem bem deslocados daquele lugar. A obra também fica no meio do caminho, onde tenta ser artístico, tem uma fotografia interessante, as cenas do assassino escolhendo suas vítimas e bem criativa, porem as vezes você se sente assistindo uma novela, tudo muito mecânico, principalmente as atuações poucos inspiradas. E a última indecisão do filme e a que mais o atrapalha e não definir o seu gênero. Ele rejuvenesce muito os personagens principais da história, que no livro são jovens adultos, Alberto e um estudante medicina e aqui no longa e um estudante de 12 anos, o que torna os momentos investigativos do menino, muito forçados. Essa mudança foi para atrair o público mais jovem, mas o filme tem alguns elementos de terror, o clima e pesa, fica meio dark, daqui a pouco vai para a galhofa, com cenas de humor exageradas, essas mudanças acontecem ao longo de todo o filme.

Bruna Cavalieri, uma graça de menina, pode vir a ser uma grande atriz, mas aqui ainda não, não rolou.
O roteiro do filme e bem desenvolvido, apesar do personagem principal ser muito forçado, o suspense e mistério funcionam, você consegue ficar preso ao filme, querendo descobrir o mistério dos escaravelhos. A simplicidade do longa pode ser vista como ponto positivo, não exige muito do espectador apenas sua atenção, fazendo que o filme seja de fácil absorção, alcançando grande público. O elenco no geral cumpre seu papel, destaque para Marcos Caruso, que de longe e nos entrega o melhor personagem. Suas cenas são divertidas, e ao mesmo tempo consegue passar o drama pessoal que o seu personagem está sofrendo.


Um personagem que merecia maior destaque no filme.

Com uma boa historia como pano de fundo “O Escaravelho do Diabo” cumpre seu papel, mas fica a sensação de que poderia ter sido muito melhor, faltou o filme se definir, quis agradar a todos e no final não deu certo a mistura terror, suspense, drama, policial, infantil e novela do sbt. Mas fica de positivo que no cinema comercial estamos tentando sair do ciclo vicioso de comedias Globo filmes.

De0a5: 2,9 Garotas ruivas.

domingo, 10 de julho de 2016

EU LI #05

Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel, A n° 56

Hulk Contra o Mundo

Roteiro: Greg Pak 
Desenho: John Romita Jr



Terminada a Guerra Civil, onde vários heróis lutam um contra o outro e destroem parte da cidade de NY, o que a Marvel resolve fazer? Isso mesmo trazer Hulk de volta do seu exílio forçado, cheio de raiva, para enfrentar vários heróis e destruírem parte de NY.



Considerado uma ameaça, o Poderoso Hulk foi exilado no selvagem planeta Sakaar, pelo grupo de heróis conhecidos como Illuminati. Agora ele retorna a terra com seus companheiros de guerra, o Golias Esmeralda possuído de uma descontrolada fúria, promete vingança para todos aqueles que o traíram.



A arte da Hq e muito boa, o estilo de John Romita Jr combina muito com as cenas de ação, porem a revista não tem um grande roteiro, para justificar ela como uma das melhores Hqs do Gigante Esmeralda. A ideia de fazer combate dele contra os Illuminati e boa, mas por ser uma serie pequena tudo acontece muito rápido e fácil. A historia não tem reviravoltas, segue  sempre linear, deixando seu final bem previsível. Temos alguns críticos que acham que os combates foram forçados, pois HULK ganha de todo mundo com muita facilidade, inclusive de Raio Negro, detalhe essa luta não e mostrada, só vemos que ele se encontram e depois as consequências da luta. ( Essa luta deviriam ter mostrado, não acha?)

No geral as cenas de combate são ótimas, muita porrada, muita destruição, você sente a raiva do Hulk, ele esta com sangue nos olhos, e por consequência esta mais forte. Alem da estrela principal, temos o importante retorno de Rick Jones o garoto que Bruce salvou da explosão da bomba gama. Outro importante personagem e o Sentinela, um herói com um poder enorme, equivalente a um porrilhão de sois, mas que sofre de esquizofrenia e é agorafóbico (Medo de enfrentar grandes espaços ou lugares abertos), para piorar. Esse seria um personagem que deveria ter sido mais aprofundado, devido a necessidade de terminar o arco rapidamente, isso acaba não acontecendo, e Sentinela não tem a profundidade que merecia, mas em suas rápidas passagens você consegue entender o dilema do personagem.



 A ação da Hq e espetacular, realmente de tirar o folego, se você e daqueles que gosta da ver muita porrada, sangue (de do tipo A, B, vermelho, verde, etc...), vai adorar "Hulk Contra O Mundo". Suas lutas contra a Hulkbuster do Homem de Ferro e contra o Sentinela são simplesmente MAGNIFICAS, John Romita Jr estava muito inspirado.

Se você quer ver um Hulk nervosão, que não sabe quem e seu aliado ou seu inimigo e sai sentando a mão em todo mundo, com muita ação e poucos diálogos, com diversos personagens conhecidos e outros tantos não conhecidos, cheia de Fan service ou seja uma tipica HQ Marvel, "Hulk Contra o Mundo" e para você, na verdade e para nos por que e difícil não gostar deste estilo Marvel.

De0a5: 3,7 HULK ESMAGA

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Filmes de Julho

O Diário de uma Adolescente (2015)

The Diary of a Teenage Girl

Dirigido por: Marielle Heller

102 minutos


Mais uma vez eu vejo um filme que não é perfeito, mas é essencial, pontual nos seus questionamentos, trazendo um assunto que deveria ser natural, porem e extremamente delicado, como a sexualidade feminina.

Minnie Goetze (Bel Powley)  é uma adolescente da década de 1970 que busca amor, aceitação e um senso de propósito no mundo. Ela começa um complexo relacionamento com o belo namorado de sua mãe e vive suas primeiras experiências envolvendo drogas e sexo.


Minnie e sua mãe Charlotte 




Uma obra muito bem realizada, com seu roteiro fechado, sua narrativa, embora tenha seus momentos de delírios, onde mistura quadrinhos com cinema, funciona bem. Seria um filme bem mais ou menos se não fosse o assunto que ele aborda, tem personagens meio deslocados, por melhor que o roteiro se seja bom, ele não surpreende, mas o tema central do filme faz ele ganhar força. O filme, por mais que nos mostre Monroe (Alexander Skarsgård) como uma boa pessoa, um pouco imaturo, bobo, mas com planos para seu futuro, isso não que dizer que o relacionamento dele com Minnie seja uma coisa boa (ate por que em nossa sociedade isso é crime), que devemos aceitar. E natural que algumas pessoas não gostem do filme justamente por causa da forma como ele aborda esse relacionamento, mas galera, estamos vendo o longa através do olhar de Minnie, uma adolescente que esta em crise, e com hormônios a flor da pele, não é do seu (espectador) olhar, por isso Monroe não e mostrado como um predador um cara aproveitador, por que não é assim que Minnie o via, só por isso.



Monroe e seu bigode, que estilo.

Minnie uma garota forte, decidida e esta na adolescência, coitada. A atuação de Bel Powley e muito boa, ela esta longe de fazer o papel de uma Lolita, ela não gosta do seu corpo. A atriz consegue nos passar muito bem as duvidadas de Minnie, entre me tornar adulta, por que faço coisas de adultos, ou ser criança, por que não entendo os adultos e seus códigos.


Querido diário.

O filme não tem cenas marcantes, as falas de Minnie são boas, seus diálogos bem escritos, honestos, tudo parece muito natural, seus momentos de delírios, visualmente falando são beeem legais, a fotografia, figurinos e a trilha sonora, conseguem recriar bem as San Francisco dos anos 70, toda o espirito sexo, drogas e rock N' roll do filme e muito bem construído.

O longa fala sobre a sexualidade feminina, pode haver coisas que possam incomodar você, que possa ver como errado (porque realmente e errado, é crime), mas a ideia principal do filme e algo que deve ser mais falado. Meninas adolescentes, falam de sua sexualidade, meninas se divertem descobrindo sua sexualidade, sim isso e natural, assim como meninos, se você acha que um filme por falar sobre esse assunto e radical de mais, significa que precisamos de mais filme que falem da sexualidade feminina. 

De0a5: 4,0 Apertos de mão, com força e olhando fixamente para os olhos da outra pessoa, enquanto mentalmente você fala "Eu sou melhor que você seu filho da..."

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Filmes de Junho6

O Valor de Um Homem (2015)


La Loi du Marché 

Dirigido por: Stéphane Brizé

93 minutos


Um filme cru, contido, tímido, assim como seu protagonista. "O Valor de Um Homem", que se for traduzido direto do francês e "A Lei do Mercado" e uma critica ao sistema capitalista, e a atual crise econômica que afeta praticamente o mundo todo, mas ele resume tudo focando apenas na historia de Thierry, e ai esta o grande acerto da obra.

Com 51 anos e depois de quase 20 meses no desemprego, Thierry (Vincent Lindon) começa um trabalho novo que logo lhe faz enfrentar um dilema moral. Até que ponto ele está disposto a aceitar o que lhe mandam fazer para manter o emprego?


Que atuação  Vincent Lindon.
O filme todo concentrado na figura de Thierry, todos os outros personagens são apenas coadjuvantes, com a exceção de sua esposa e filho (que sofre de um problema mental) nenhum outro personagem merece grande destaque. E uma obra lenta, muito parada, com muitos close fechados, mostrando os olhos tristes de Thierry, ha inúmeros  momentos de silencio, algumas cenas se repetem com uma certa frequência, como as chamadas para a "salinha", onde os seguranças do hipermercado levam as pessoas que são flagradas cometendo pequenos delitos. "O valor de Homem" tem uma linha critica, e se posiciona deixando claro sua ideia, se você não concorda, como por exemplo, ele não foca na punição das pessoas que comentem os furtos no hipermercado, mas sim quer que você se questione por que as pessoas os cometem, se você não para e pensa, já vai com uma ideia pronta sobre o assunto, a obra pode não funcionar para você.

Com certeza não foi atoa que Vincent Lindon, ganhou o premio de melhor ator no festival de Cannes 2015, sua atuação esta espetacular. Ele fala muito apenas com seu olhar, com sua expressão facial. O personagem sofre no começo ao perder o emprego, e vai caindo, quando pensamos que ele vai dar a volta por cima, por que conseguiu um emprego novo, que nada, ele percebe que esta dentro de um jogo, agora ele "ajuda" o mercado a tirar o emprego de outras pessoas, que estão na mesma situação que ele.


Agora vai, sera que vai mesmo?

Como falei anteriormente o filme é parado, mas mesmo assim o diretor Stéphane Brizé, nos da algumas cenas bem tensas. O momento onde Thierry e sua esposa tentam vender uma casa, que parece ficar perto da praia, e o comprador começa a questionar o valor exigido, NOSSA! Que tensão que eu fiquei, assim como quando ele leva as pessoas para a "salinha", para o interrogatório o clima pesa bastante. Temos cenas que dão raiva, quando Thierry vai ouvir o feedback de alguns colegas de um curso de capacitação que ele faz, para ajuda-lo nas entrevista de empregos (que pessoal mais escroto), e cenas alegres, simples e lindas, como a dança dele com sua esposa e filho na sala de casa. (Todas as cenas de Thierry dançando são BELAS, não são muitas, mas são belas).


No incio você acha que isso não combina com o personagem, mas depois você só que ver ele dançar

Uma obra que pega o macro e coloca no micro, sem perder nada, você vê o retrato de uma sociedade muito bem representado em uma só pessoa, a rotina de milhares em um só. Uma atuação espetacular que deixa você vidrado no filme, fazendo a lentidão do longa ser superada. Por mais que Thierry esteja em um momento difícil, ele não deixa de pensar positivo, e essa positividade fica clara na cena final, que é sensacional. Não podemos deixar que a "lei do mercado" nos corrompa, vamos continuar humanos.

De0a5: 4,6 Cupons de desconto