domingo, 29 de janeiro de 2017

filmes de janeiro 3

Rainha de Katwe (2016)

Queen of Katwe

Dirigido por: Mira Nair

124 minutos


Disney sua linda, vem cá e me da um beijo. Não é fácil pegar e o Xadrez e transformar suas partidas em algo emocionante(na minha visão), e não é comum o ocidente fazer um filme com olhar totalmente centrado na Africa, onde o foco principal não e o personagem europeu ou americano, sim Rainha de Katwe, faz isso. Ele não foge dos clichês de filmes esportivos, mas suas atuações monstruosas superam isso, tornando o filme, algo extremamente cativante.

Phiona Mutesi é uma jovem de Uganda que faz de tudo para alcançar o seu objetivo de se tornar uma das melhores jogadoras de xadrez do mundo. Órfã de pai e moradora de uma região bem pobre, Mutesi foi obrigada a largar a escola por falta de dinheiro, mas agora está decidida a enfrentar todos os obstáculos para tornar seu sonho realidade.
Um ritmo bem arrastado e os clichês de filme de esporte, acabam prejudicando um pouco o longa, e o tornando muito previsível. Ele acaba tendo as algumas cenas de diálogos exagerados, como um treinador gritando, para sua atleta durante uma partida de xadrez.
A forma como o Xadrez e apresentado e muito interessante.
A história do filme é muito boa, bem motivacional, uma direção de arte fabulosa, os figurinos coloridos dão um ar alegria ao longa, um tom bem Disney. Mas o destaque vai mesmo para as atuações que estão espetaculares Madina Nalwanga no papel principal de Phiona, segura muito bem filme, tem uma inocência de criança, mas na hora que o papel pede para carregar no drama e menina da um show. David Oyelowo  baita ator, em SELMA ele já estava fabuloso, aqui ele e mais um coadjuvante, mas não deixa de chamar atenção quando está em cena, como professor Robert Katende . E a claro ela, né gente, a linda Lupita Nyong'o , que apesar de muito jovem, faz o papel de Nakku Harriet, uma  mãe de quatro filhos e viúva, é sim ela consegue convencer (Ela consegue tudo). Que personagem forte, não tem tantas cenas, mas na que ela aparece, ela te magnetiza com seu olhar e suas falas.
Vamos dar um  Oscar para essa mulher, ela já tem? Vamos dar outro e um beijo.
Apesar de ser uma filme Disney, ter alegria das crianças, uma trilha sonora bem afro e todo colorido dos figurinos, o longa não nos deixa esquecer que estamos na Africa. Como pano de fundo temos a pobreza, a fome, as dificuldades de moradia, situações precárias, falta de dinheiro, e ate um pouco da prostituição, ligada a necessidades financeiras. Temos a cena onde as crianças vão viajar pela primeira para um torneio, e acabam tendo que dormir na escola onde o torneio vai ocorrer, essa cena e emocionante, triste e linda.
O núcleo infantil esta esta ótimo. Olhem o colorido do filme.



Longe de ser inovador, diria que o longa e até formulaico, faz um tratamento um pouco fantasioso, que fique claro. Não e fácil para uma criança naquelas condições superar a dificuldades, Phiona teve fatores bem particulares que fizeram ela superar, não e simplesmente acredite no seu sonho e lute, a vida não é tão simples, precisou de um projeto social para que isso fosse acontecer, não entenda a mensagem de maneira errada, mas bom. Um longa com um olhar na Africa, com um elenco totalmente negro, e com uma direção fabulosa e a magia Disney, temos que assistir e se encantar.

De 0a5: 4,2 Xeque Mate!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

FIlmes de Janeiro 2

O Nascimento de Uma Nação (2016)

The Birth of a Nation

Dirigido por: Nate Parker

120 minutos


Dor, angústia, revolta, esses são alguns dos sentimentos que você vai sentir ao assistir O nascimento de uma nação. Apesar de pequenos erros o filme é um grande acerto, pois mais uma vez mostra a escravidão e sim temos que falar sobre ela.

Nat Turner (Nate Parker), um escravo letrado e pregador, é usado pelo seu proprietário Samuel Turner (Armie Hammer) para acalmar os escravos rebeldes. Depois de testemunhar inúmeras atrocidades, ele decide elaborar um plano e liderar o movimento de libertação do seu povo.
Uma cena visualmente linda, mas que pouco dialoga com o filme.
Embora todo o primeiro e ato do filme, é seja importante e da um ar sobrenatural para o nosso personagem principal, ele e bem arrastado e com alguns elementos que acabam sendo deixados de lado ao longo do filme. O diretor também, perde algumas oportunidades no terceiro ato,a narrativa anda,  mas nos leva para um sequencia final, com uma batalha totalmente ante clímax. Nesta parte final também temos algumas homenagens a outros filmes, mas que soam muito mais com Eu já vi isso antes, é melhor do que homenagem.

Apesar de ser muito lento, a obra consegue criar muito bem o clima de tensão e revolta. Cenas fortes, pesadas, que vão alimentando nosso sentimento de revolta, toda angústia e raiva, nos dá força para lutar junto com Nat. Nat, um ótimo personagem, o lance messiânico dele, e bem construído, a atuação de Nate Parker(Mesmo que como eu falei algumas coisas são deixadas, to falando de você cicatriz no peito), realmente muito boa, você sente ele segurando toda a dor, ao mesmo tempo com um olhar inocente de esperança.
Nat, pregando ainda sob olhar repressor.
A obra tem cenas maravilhosas, são fortes, chocantes, mas não deixam de serem bem construídas e não estão lá gratuitamente. Os discursos religiosos de Nat, são incríveis, você vê como usavam de um interpretação  da bíblia para justificar a escravidão, e era tão bem feito que ate mesmo os escravos acreditavam. De repente vem a mudança na cabeça de Nat, que dá outro significado as palavras bíblicas, (uma cena linda), e parte para a luta por liberdade (Temos muito isso hoje em dia, vários significados, para os mesmos textos religiosos não?). Que fique registrado que a cena das arvores do final do filme e linda, porem muito forte, respire e aguente.
Sem palavras.

Não vou falar do filme de D.W. Griffith, nem da polemica que cerca o diretor do filme. Se objetivo era nos mostrar o um personagem negro forte, que mesmo sendo colocado em varias cenas sendo submisso, subjugado consegue mostrar sua grandeza, se objetivo era mostrar um acontecimento histórico triste, mais importante, que deve ser discutido ate os dias de hoje, não podemos esquecer a escravidão e seu mal, que nos atinge e deixa suas marcas ate hoje, nesse ponto a obra atinge seu objetivo, mas que desperdiça uma ótima oportunidade de ser brilhante, infelizmente desperdiça.

De 0a5: 3,8 Interpretações de livros religiosos 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Filmes de Janeiro

O Lagosta (2015)

The Lobster

Dirigido por: Yorgos Lanthimos

118 minutos

Caramba que tapa na cara da sociedade. Como as pessoas julgam umas a outra, como o estar em relacionamento servem muitas vezes como status (principalmente em redes sociais), como o amor e substituído pela conveniência.
Em um futuro próximo, uma lei proíbe que as pessoas fiquem solteiras. Qualquer homem ou mulher que não estiver em um relacionamento é preso e enviado ao Hotel, onde terá 45 dias para encontrar um(a) parceiro(a). Caso não encontrem ninguém, eles são transformados em um animal de sua preferência e soltos no meio da Floresta.
Olhem os enquadramentos do filme.

Uma obra com um ritmo bem lento, você é meio que jogado dentro da historia, o que pode torna-la um pouco confusa. Embora o roteiro seja algo extremamente inteligente, sua parte final, torna-se levemente repetitiva, reforça situações que nos espectadores já tínhamos entendidos, mas superamos, devido os dez minutos finais do longa, que recuperam nossa atenção.
Há muitos elementos para se destacar do filme, sua fotografia acinzentada, sua trilha sonora sempre pontual, que funciona muito bem nos momentos de tensão, as ótimas atuações. Aqui vai destaque para  David (Colin Farrel), que esta maravilhoso, ele é a cara de incerteza e fragilidade.
Não falem mal do cara, ele é muito bom.

Como já tinha pontuado antes, o roteiro é um dos grandes destaques do longa. E muito interessante você ver como o filme aborda a questão dos relacionamentos perante a sociedade. A forma como ele abordado o inicio dos relacionamentos, os dialogos, tudo funciona muito bem.
Mais uma vez, olha a beleza do filme, e um quadro.

Um humor negro, bem acido e critico, que levanta alguns questionamentos, Ate que ponto a sociedade quer impor suas regras em nossas vidas?. Um relacionamento não deve servir apenas como status do facebook ou status social, segurança, e ser completamente mecânico?

De0a5: 4,0 Relacionamentos sérios.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Filmes de Dezembro3

Rogue One: Uma História Star Wars 2016

Rogue One: A Star Wars Story

Dirigido por: Gareth Edwards


133 minutos
 Gente é o universo Star wars, com leite azul da Tia Beru, com guerra, e com o F0d@ do Darth Vader, já temos um baita filme.


A cidade sagrada de Jedha, local onde vive o extremista ( e mau aproveitado) Saw Gerrera.

Ainda criança, Jyn Erso (Felicity Jones) foi afastada de seu pai, Galen (Mads Mikkelsen), devido à exigência do diretor Krennic (Ben Mendelsohn) que ele trabalhasse na construção da arma mais poderosa do Império, a Estrela da Morte. Criada por Saw Gerrera (Forest Whitaker), ela teve que aprender a sobreviver por conta própria ao completar 16 anos. Já adulta, Jyn é resgatada da prisão pela Aliança Rebelde, que deseja ter acesso a uma mensagem enviada por seu pai a Gerrera. Com a promessa de liberdade ao término da missão, ela aceita trabalhar ao lado do capitão Cassian Andor (Diego Luna) e do robô K-2SO.
Apesar de todo meu amor pelo filme (que é muito grande), não posso deixar de apontar as pequenas falhas do filme. Um dos pontos que menos me agradou, é forma raza como os personagens são apresentados. O segundo ato filme, serve para nos apresentar os personagens, e criarmos um vinculo com eles, mas não da muito certo. Tudo acontece rápido, a mudanças de comportamento repentina, o vilão perde força, alem de ser um pouco arrastada, atrapalhando também o ritmo do filme. Na parte final devido a falta de aproximação, que tive com os personagens, acabei me preocupando muito mais com o cumprimento da missão (Embora eu já soubesse que o resultado seria positivo), do que para a vida dos personagens.(Exceto pelo K-2SO,esse eu me importava)
O longa ate tenta nos fazer entrar em sintonia com Jyn. mas ...

A historia funciona como filme único? Acredito que sim, mas obra ganha muita força, se você já tem um bom conhecimento de Star Wars. Um show de referencias, é fan service, mas tudo muito bem feito, coisa linda. A ambientação, do cenário Star Wars, também esta perfeita, para você assim, como eu, fá desta franquia, e assistir e chorar, chorar muito.
Morri.

Como falei o filme se sustenta sem as referencia, o clima de guerra, mas guerra de verdade, sem mocinhos e bandidos, pela primeira vez, foi sensacional. A parte final do filme e fabulosa, cenas de ação, uma atras da outra, tudo frenético, guerra na terra, guerra do espaço.
A força como algo sagrado, religioso, que coisa linda, muito obrigado Rogue One.

Star Wars para sempre, estou chorando novamente, sei que universo de Star Wars, nunca vai acabar, e está ganhando um sobro de vida novo (como se isso fosse necessário). O longa traz referencias a nossa realidade, as nossas guerras, com atentados terrorista e tudo, mas as referencia a franquia clássica, essas iram te ganhar, o longa realmente tem a força.

De0a5: 4,5 A força esta comigo e eu estou com a força.