segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro12

Steve Jobs (2015)

122 minutos

Dirigido por: Danny Boyle




Sabe quando quando a historia de vida de alguém é tão fantástica que você pensa  "Isso poderia virar um filme", e dai vão lá  e fazem quatro filmes sobre a mesma historia em um espaço curto de tempo, esse foi maior problema que o bom filme "Steve Jobs" acabou sofrendo alem do roteiro. Um ótimo elenco que apesar do roteiro ser bem mais ou menos, fazem o filme se tornar maior do que ele realmente é.

O filme narra três  grande momentos da vida do inventor, empresário e magnata Steve Jobs: os bastidores do lançamento do computador Macintosh, em 1984; da empresa NeXT, e doze anos depois,  o iPod, no ano de 2001.


A historia de vida de Steve Jobs e fascinante, mas ele foi contada inúmeras vezes nos últimos anos, livros, series, documentários e filmes, essa repetição afastou bastante o publico, fazendo o filme não ter uma boa bilheteria. A montagem do filme e um pouco confusa, com grandes saltos temporais, ele termina assuntos sem explicar direito, e já começa outro logo em seguida. Não li o livro que inspirou o roteiro do filme, mas achei o final, um pouco forçado, heroico de mais, que não condizia muito com a construção do personagem ate ali.

Jobs e  o difícil relacionamento com sua filha.

Se o roteiro não faz a diferença, os atores fazem, Kate Winslet como Joanna Hoffman consegue ser uma ótima coadjuvante, tem seus momentos sábios, e sensíveis como consultara e amiga de Steve. Não é uma atuação espetacular, mas consegue criar uma boa e importante personagem. Michael Fassbender  cada vez melhor, no meio de tantas interpretações de Jobs, ele consegue se destacar, apesar de não ser nenhum um pouco parecido fisicamente com o Steve. Fassbender sempre se destaca pela sua entrega aos personagens, neste filme não e diferente, ele cria um Steve Jobs, totalmente único, intenso, com um ar de superioridade, o personagem e uma boa mistura de Fassbender com o real Steve.

 Joanna Hoffman(Kate Winslet) e Steve Jobs (Michael Fassbender ), que dupla fabulosa.

A direção do filme que ficou por conta de Danny Boyle, e bem regular, consegue nos manter presso na trama na maior parte do tempo. Temos uma mudança da câmera que começa com um 16mm e depois passa para 35mm, que casa muito bem com as mudanças tecnológicas que estavam acontecendo na historia contatada pelo longa. As diálogos também são muito bem escritos, principalmente as cenas que envolvem Steve e Joanna. Um dos melhores momentos do filme, fora as apresentações dos produtos de Jobs, é um momento onde ele explica qual a função, e o instrumento tocado por um Maestro em uma orquestra.

Uma das grandiosas apresentações.

Apesar de ainda dar um ar de "entidade sobe-humana" para Steve Jobs, o filme tenta de alguma forma humanizá-lo, e esses momentos humanos, mostrando os bastidores de suas grandiosas apresentações, são  o ponto alto de "Steve Jobs". Vale conferir, não é um  filme memorável mas e bem competente, no meio de tantas cinebiografias de Jobs, essa consegue se destacar, muito por méritos pessoais de atores e direção, por que como um todo, o filme não é nada alem de comum. 


De0a5: 4 Maças mordidas.





sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro11

Brooklyn (2015)

111 minutos

Dirigido por: John Crowley 




Eu sinceramente esperava bem mais do filme, e um bom filme, Saoirse Ronan destaca mostra todo um amadurecimento, mas fora isso, o filme não vai longe.

A jovem irlandesa Ellis Lacey (Saoirse Ronan) se muda de sua terra natal e vai morar em Brooklyn para tentar realizar seus sonhos. No inicio ela sente falta de sua casa, mas ela vai tentando se ajustar aos poucos até que conhece e se apaixona por Tony (Emory Cohen), um descendente de italiano. Logo, ela se encontra dividida entre dois países, entre o amor e o dever.

Ela não é apenas uma menina linda, mas sim uma grande atriz.
Fui pronto para ver um romance, porem o filme era mais que isso, sim o romance esta lá e de maneira bem forte, porem a momentos, que isso fica de lado, e o drama que Ellis esta passando, com todas as duvidas, medos e pressão e a unica coisa que conseguimos prestar atenção, e torcer para que tudo fique bem com a contadinha. Saoirse Ronan, esta bem madura, nas horas que ela tem que se demostrar doce ela consegue lindamente(Ruivas S2) e quando tem que se mostrar forte, não mostrar duvidas, nem fraquezas, ela também consegue. Ellis vai de menina para mulher ao longo do filme, uma transformação muito bonita, e a verdade que atriz passa e mais linda, prestem bem atenção na primeira vez que ela vai para EUA e na segunda vez, essas cenas deixam bem claro o que estou falando.

se precisar de um ombro para chorar eu tenho dois.
O único deslize do filme, apesar da ótima interpretação de Saorise Ronan, foi no momento de definir qual seria o destino da personagem, ela parecia ter um imenso amor, rapidamente fica em duvida, o filme da uma aclarada, (spoiler) uma vizinha fofoqueira surge(fim do spoiler), ai sim ela se decidi, parece que não foi o amor, mas sim o medo da fofoca.


Um casal bem lindinho.

Brooklyn tem algo que o torna um destaque, a parte de recreação histórica, o cenário do Brooklyn e muito bem feito, os figurinos são bonitos, apesar de simples, se você notar Ellis esta sempre usando verde e branco, que combinado com o seu cabela alaranjada, lembram as bandeira do Irlanda, conforme ela vai se fixando nos EUA, começa a também mudar seu visual. A fotografia do filme e bela( vai ter indicação ao Oscar) no Brooklyn e belo, mas as cenas na Irlanda são espetaculares. A direção também e simples, não tras muitas coisas nova, achei interessante a maneira como ele faz o plano contra plano, fora isso, nada de mais.


Eu adorei essas cenas.

Simples, não tem grandes reviravoltas, mas e uma obra bonita de se ver, o romance e super construído e doce, uma paixão inocente, daquelas cheia de promessas e juras de amor, e piegas, sim, mas e bonito. Tem o contraste bem legal  dos ambientes, na Irlanda  Ellie nos bailes de clube com sua amiga, as duas bem tímidas, e nos EUA, morando em uma pensão de garotas, todas "modernas", saindo com rapazes, dois mundos totalmente diferentes, mas que ela consegue se relacionar com ambos. Vá assista o filme e veja como é bonito o amadurecimento de Ellie.

De0a5: 3,7 Trocas de roupa na praia.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro10


Deadpool (2016)

108 minutos

Dirigido por: Tim Miller 




Engraçado, divertido, cômico e hilario, pronto esta ai, isso e Deadpool, não leve o filme a serio, o filme quer ser só uma piada, essa e sua proposta e ele consegue. Tudo que temos na Hq e jogado para dentro do filme, uma ótima adaptação dos gibis, com sua estrela principal brilhando mais que tudo, o filme se assume como piada,  e não vai alem disso.

O bicho Piruleta.

Ex-militar e mercenário, Wade Wilson (Ryan Reynolds) é diagnosticado com câncer em estado terminal, porém encontra uma possibilidade de cura em uma sinistra experiência científica. Agora com poderes ele torna-se Deadpool, e vai traz do homem que destruiu seu corpo, assim como sua vida, para traze-lo a normalidade.

Wade, depois do experimento para cura do el câncer.

O filme ser uma total adaptação dos quadrinhos tem os seus problemas. Ele não traz nada de novo, não ousa em nada, tudo que você viu nos trailers, e o filme, tudo que você leu nas HQs e o filme, se você for uma pessoa muito critica, pode achar ele ate repetitivo( mas nunca sem graça) e não parece que a franquia pretende ir alem disso. Mas o ponto mais fraco do filme sem duvida e seu trecho final. O longa estava indo em uma linha bem urbana, contida, estava indo bem, o combate final destoa de todo o resto do filme.


Lutas muito bem coreografadas, mas Ajax foi mais um vilão genérico.

O filme ser uma total adaptação dos quadrinhos tem suas vantagens, ainda mais quando o ator principal, no caso Ryan Reynolds encarna por completo o personagem. Reynolds como Deadpool e a melhor coisa do filme, um personagem carismático que consegue prender o publico, durante grande parte do filme, faz piada com tudo, com cenas do filme, coisas da cultura pop, com outros filmes, outros heróis, com as HQs e seus criadores, personagem, ate mesmo com você o filme faz piada, e todas funcionam. Temos a quebra da quarta parede onde Deadpool, fala direto com o publico que também funciona muito bem. Graças a essa ótima caracterização do personagem, você não liga para o roteiro raso e cheio de furos do filme, apenas queremos ouvir a próxima piada e ver mais uma cabeça sendo arrancada.


A divertida participação de Negasonic Teenage Warhead e Colossus.

As melhores cenas do filme tirando as de ação(essas visualmente falando são espetaculares), são os momentos onde ele faz piada referente a universo cinematográfico dos X-Men, as piadas são muito inteligentes e o mais importante HILARIAS. A dupla Ryan Reynolds  e Morena Baccarin, que faz o papel de par romântico de Deadpool, também garantem sequências divertidíssimas.


Apesar da parte romântica durar mais tempo que o necessário, eu gostei do casal. 

E um filme bem perdido, bagunçado, porem maduro, ele sabe o publico que vai atingir, e como fazer para atingi-los. São sequencias de humor, que parecem  que foram feitas por um fã de Deadpool, e realmente foram, ficou muito bacana o resultado final. "Vagner sou fã do personagem devo ir assistir ao filme? Claro, como assim fã e não assistiu ainda, Bata na sua cara antes que bata, "Vagner, eu não sou leitor de quadrinhos, mas gosto de filme de heróis, devo assistir? Claro, pode parece um pouco diferente do que você esta acostumado a ver,  mas a unica diferença e que nesse tem ate tiro no c*. "Vagner posso levar meu filho pequeno para ver?" , Melhor não, vai por mim, "Vagner e meu filho adolescente chato?" Esse talvez, você deixa ele assistir filmes violentos, conversa com ele sobre sexo, drogas? se a resposta e não, então não leve ele,(Ei, psiu você adolescente chato, você sabe o que e REDTUBE? Xvideos? Sempre que alguém fala consolo você ri? Já brincou de rei do camarote na balada?Já foi para casa depois de uma festinha sendo carregado pelo palhaço? Sim, então vá com seus amiguinhos, que você não vai ver nada de mais.) .Deadpool cumpre o seu papel, todas as expectativas são atingidas agora vamos torcer para que sua sequencia consiga dar um passo a frente, ousar mais, e não sentar em cima de uma formula apenas para lucrar.

De0a5: 4,5 unicórnios.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro9

Macbeth: Ambição e Guerra (2015)


113 minutos

Dirigido por: Justin Kurzel



Já vou avisando você tem que estar familiarizado com as obras de William Shakespeare, pelo menos uma, qualquer coisa, nem que seja um textão dele no face, se não o filme, apesar de boas atuações, fotografia e trilha lindos, ele não vai funcionar para você. 

Macbeth (Michael Fassbender) é um general do exército escocês que trai seu rei após ouvir um presságio de três bruxas que dizem que ele será o novo monarca. Ele é altamente influenciado pela esposa Lady Macbeth (Marion Cotillard).


O filme começa com muita ação, mas não vai se acostumando.

Os diálogos do filme são tirados fielmente do texto de Shakespeare, com um inglês arcaico mais rebuscado,de difícil tradução e interpretação, para alguns pode ter sido positivo para outros não, vai de cada um, eu preferiria um meio termo. O filme e muito pautado nos diálogos, (não li a obra original) e esse vocabulário mais difícil, somado a falta de ação, tornam o filme extremamente lento. O filme também exagera nas cenas de "Plano Geral", o cenário e lindo mas são muitas tomadas assim, acaba ficando repetitivo.


Um belo cenário (mas essas tomadas se tornam repetitivas)

Em relação ao casal Macbeth, as atuações estão ótimas. Marion (minha linda) como sempre esta ótima, consegue passar a imagem dominadora, ardilosa de Lady Macbeth. E O fantástico Michael Fassbender, esta destruidor, não resquícios de sanidade em sua interpretação, apenas amor, ódio e  ambição.


Olha essa carinha, e claro que esse cara tava mais louco que Batman.

E uma obra com o clima bem pesado, uma fotografia suja, mas muito bela, a trilha também e muito boa. Os monólogos do personagem Macbeth são muito bons(difíceis as vezes), seus questionamentos, e falas muito bem escritas e interpretadas rendem ótimas cenas. Ha dois momentos bem tensos, que envolvem perdas familiares que são excelentes.(na verdade são tristes, mas as cenas são muito bem realizadas)


Marion, casa comigo, eu nunca te pedi nada,por favor!

E difícil errar em um filme baseado nas obras Shakespeare, este longa e bem honesto(ate de mais) com os leitores da obra original e entrega tudo que promete. Se a falta de ação freia o ritmo do filme os diálogos fazem ele andar. Acredito não ser um filme de fácil absorção para um marinheiro de primeira viajem no mar das adaptações Shakespearianas.

De0a5: 3,7 neblinas

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro8

O QUARTO DE JACK(2015)

118 minutos

Dirigido por: Lenny Abrahamson





NOSSA, que filme, que atuações, que historia. Por mais que o filme seja um grande drama, daqueles de fazer chorar, em nenhum momento ele fica forçado, sempre se mantendo muito real. A dupla principal  do filme é espetacular.

Ótima atuação de Brie, tanto dentro como fora do quarto

O pequeno Jack (Jacob Tremblay), de cinco anos, não conhece nada do mundo, exceto o quarto de 10m², em que nasceu e cresceu acompanhado apenas por Ma (Brie Larson). Enquanto a curiosidade de Jack sobre a situação em que vivem aumenta, a resiliência de Ma alcança um ponto de ruptura. Os dois, então, começam a traçar um plano de fuga.

O quarto, como podemos ver "O mundo e muito pequeno para existir monstros"

Um filme completamente emocional, tenso, com senso de urgência enorme. O roteiro bem escrito por Emma Donoghue a direção de Lenny Abrahamson estão impecáveis, te colocam presos, querendo se libertar junto com mãe e filho... O longa tem dois momentos que são chaves( mas ele todo e muito bom), perto do filme completar uma hora, temos a cena mais tensa do filme, e uma cena longa, empolgante e assustadora, nunca pensei que um tapete ia me deixar tão tenso. A outra cena, e perto do final do filme assim a Ma(agora com nome verdadeiro Joy) da entrevista para televisão, onde ela e questionada sobre o tempo que passou no quarto, tem uma pergunta, que assim como faz Joy refletir suas atitudes, você também vai ser colocado para  repensar o filme, e refletir bastante(Cara, pois é, o que repórter fala e verdade, mas acho que eu faria o mesmo que a Joy, e difícil julgar ela nesta situação, opa, desculpa ai, vou voltar para o texto).

Que trio, sim o tapete e muito importante para historia.

Brie Larson, merece todo reconhecimento que esta tendo pelo papel. Sua atuação é grandiosa, ao mesmo tempo que Joy/Ma demonstra força, ela esta completamente destruída, e Brie passa muito bem isso. A maquiagem ajudou muito, deixando sua aparência mais natural, mas sua atuação já estava completamente natural. Falando de naturalidade, o que dizer do pequeno Jacob Tremblay, e menino esta de mais. Ele vive o personagem, não parece que ele esta dentro de um filme, tudo muito real, uma atuação impecável deste pequeno grande ator.

A câmera muitas vezes próxima dos atores, nos dava uma sensação claustrofóbica, e Jacob atuando assim espetacularmente só aumentava esta sensação.

Uma experiencia extremamente impactante e emocionante, tamanho o realismo do filme,em alguns momentos chega a assustar mais que filmes de terror. Uma historia muito bem construída, você conhece bem os dois personagens, sente o drama deles, torce por eles, tudo funciona no longa, ótima direção, com grandes atuações. Pegue seus lenços e prepare-se para chorar, por que o filme quer fazer você chorar, mas sem apelar, sendo bem delicado, é não tem como escapar das lagrimas.


De0a5: 4,8 bolos de aniversario








quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro7

Trumbo: Lista Negra (2015)


124 minutos

Dirigido por: Jay Roach




Um filme sobre a vida de conturbada de Trumbo merecia algo digno, e Joy Roach consegue fazer algo que seja digno do nome deste grande e importante roteirista. Apesar de sofrer um pouco com as falhas que a maioria das cinebiografias sofrem, como omissão de fatos, e inventando outros, o longa se sai bem, com grande atuação de Bryan Cranston, e uma ótima recriação de cenários, "Trumbo", cumpre seu papel de apresentar quem foi Dalton Trumbo e o que foi a "lista negra" , uma época de dor em Hollywood.

O filme conta a história do roteirista Dalton Trumbo(Bryan Cranston), renomado escritor norte-americano que pertencia ao grupo Hollywood Ten, formado por profissionais de Hollywood que se recusaram a responder perguntas do governo dos EUA, e acabaram presos. Mesmo quando saiu da prisão, Trumbo demorou anos para vencer o boicote do governo, sofrendo com uma série de problemas envolvendo familiares e amigos próximos.

Apesar de bem caracterizado o filme acaba deslizando nos seus saltos temporais, algumas coisas acabam passando rápido de mais e acabam não sendo aproveitadas. Nos é relatado que Trumbo e um grande escritor, um roteirista renomado de Hollywood, seu filmes são citados, mas não é nos mostrado as suas obras, o por que de tamanho sucesso, acredito que por serem filmes antigos, muita gente não os conheça, seria bom mostrar algumas partes, ou bastidores, como fazem muito bem com as cenas da premiação do Oscar. Ao invés de falar um pouco mais das obras do autor, o roteiro da espaço para as as questões familiares de Trumbo, depois de todo um segundo ato focando nesse distanciamento dele  com família, tudo é resolvido com uma rápida conversa com sua mulher. Acho que obra poderia ter arriscado mais, porem a escolha foi fazer o arroz com feijão, o que tornou o filme bem genérico.


Trumbo e sua esposa.

O grande acerto do filme esta em sua estrela principal Bryan Cranston, que brilha mais uma vez. Ele parece estar possuído pelo espirito de Trumbo, tamanho a semelhança dele com o roteirista. A entrega do ator ao personagem e enorme, desde os momentos cômicos, onde Trumbo utiliza toda sua ironia, aos momentos mais tensos como sua chegada a prisão. Todas as cenas com ator são ótimas, como os momentos na banheira escrevendo seus roteiros, ate as partes onde personagem e humanizado, onde nós vemos sua relação com  a família(na verdade esposa e filha mais velha, o resto e meio que deixado de lado).


A banheira, o local de maior inspiração para o roteirista.

Alem da grande atuação de Bryan Cranston, a parte de fotografia, figurinos, cenários, todo esse trabalho técnico também esta excelente, consegue retratar muito bem o luxo da Hollywood da época.


Um dos momento mais forte do longa.

Os melhores momentos do filme acontecem perto do final, depois que Trumbo sai da cadeia e começa a fazer roteiros para uma pequena produtora, usando pseudônimos, ate o momento onde um desses filmes( The Brave One ,1956) ganha o Oscar de melhor roteiro, que é claro ele não pode retirar. A partir dai os personagens são bem definidos, os "desnecessários" problemas familiares que atrapalham a andamento da obra e encerrado, também temos o surgimento de Kirk Douglas e Otto Preminger , que ajudam Trumbo a  quebrar a "lista negra".


Trumbo e Kirk Douglas,resolvem trabalhar juntos para fazer Spartacus.

Muito importante que toda essa nova geração de cinéfilos( eu me incluo, porem já não sou tão novo), tenha conhecimento da historia de Trumbo, quem ele foi, e por que de sua grande importância. E importante também ver que um homem que simplesmente quer fazer seu trabalho e proibido de fazer, por  pensar diferente dos outros, é apesar da mensagem de superação do filme, e triste ver que na nossa realidade atual ainda existem pessoas que pensam dessa maneira preconceituosa e hostil.(Se não gostou da minha critica, VAI PARA CUBA!)

De0a5: 4 divisões de lanche

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro6

A Garota Dinamarquesa (2015)

120 minutos

Dirigido por: Tom Hooper





Mais uma obra com um assunto profundamente interessante e necessário de ser abordado no cinema. Por mais que o roteiro seja fraco, e com situações forçadas, as grandes atuações nos fazem superar isso e tornar o filme muito interessante.

A história de amor "real" entre as pintoras dinamarquesas Lili Elbe (Eddie Redmayne) e Gerda Gottlieb (Alicia Vikander). Obrigada a viver como Einar Wegener desde o nascimento, em 1930, Lili foi uma das primeiras mulheres a passar por uma cirurgia de transgenitalização.

A figura forte do longa.

Na minha cabeça eu tenho claro que filmes baseados em um historia real, não precisa necessariamente contar toda a verdade, acho que esse tipo de filme precisa de um pouco de ficção, precisam ser nem que seja levemente romantizados, mas aqui houve um erro, um exagero na ficção, ou uma escolha errada da maneira que quiseram contar a historia. A abordagem da historia foi equivocada, Lili Elbe foi a primeira mulher trans, ele lutou contra uma sociedade muito machista, foi uma luta difícil, mas ele sempre foi forte, por que queria se tornar uma mulher por completo, ser vista como mulher, como ela se sentia, assim que ela tomou essa decisão seu casamento acabou, o filme poderia ter mostrado essa luta, seria muito bom ver uma mulher Tras se afirmando, lutando pelo reconhecimento, sendo uma forte lutadora como ela realmente foi. Em "A Garota Dinamarquesa" temos uma Lili em duvida, fraca, que parece não saber direito o que quer, ok, no inicio do filme poderia ser isso, mas ela vai assim ate o final do segundo ato. O romance como sua esposa ficou bonito, mas deixou o filme confuso boa parte, parecia que Lili tinha algum problema, um distúrbio, dupla personalidade, cheia de duvidas quando na verdade não tinha.


Mas o filme não e só problemas a direção de arte e impecável tudo e muito bonito desde os cenários, passando pelos figurinos e maquiagem. A direção também tem seus momentos lindos, principalmente a maneira delicada nas cenas que mostram Lili se descobrindo como mulher, essas cenas são lindas, ela acariciando seu rosto, seu corpo, vestidos, tentando modular trejeitos de outras moças, essas sequencias são a segunda melhore coisa do filme, porque a melhor são as atuações da dupla principal.

Eu adorei essa dupla, atuações que se completam.

Alicia Vikander esta fantástica, com uma presença de tela magnifica, uma atuação muito segura, ela nos entrega uma grande personagem, que tem a força que Lili deveria ter, de lutar pelo seu espaço. Eddie Redmayne o cara e maravilhoso, é esta maravilhoso, que atuação delicada, ela fala com olhar, preste atenção nos olhos do personagem, depois nas suas mãos, e uma atuação com corpo, sem perder a parte da alma, uma atuação realmente completa e espetacular.

Sutil,delicado e bela, uma atuação gigante de Eddie Redmayne.



É muito belo o discurso de "seja você mesmo, e não ligue par o que os pensam",ok, mas também não seria legal se as pessoas me aceitassem do jeito que sou, assim com aceito elas?... Dito isso o filme poderia ter sido mais corajoso, paciência não foi, mas continua sendo um filme lindíssimo, seu visual e belo, a historia e muito bonita, atuações acima da média, e também e uma obra importante para os dias de hoje, ter um filme belo assim, no meio de tantos discursos de ódio já vale muito pena.

De0a5: 4 olhos brilhantes

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro5

Joy: O Nome do Sucesso (2015)


Dirigido por: David O. Russell





Você já ouvi-o a expressão " time que esta ganhando não se mexe", pois é, David O. Russell esta seguindo ela arisca, mas desta vez,com "Joy" ele quase perdeu se não fosse o carisma do craque do seu time, Jennifer Lawrence, não sei o que seria do filme.


Criativa desde a infância, Joy Mangano (Jennifer Lawrence) entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora. A sua primeira criação revoluciona o mercado com o Miracle Mop, um esfregão feito com um tecido propício para ser torcido, sem a pessoa molhar as mãos. A partir dai acompanhamos como Joy tornou-se uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos .


Joy colocando em pratica sua grande ideia.


David O. Russell acertaria se o filme fosse uma comedia, também acertaria como drama, mas não consegui balancear direito sua dramédia. Essas mudanças constantes do filme, hora parece que vai para comedia, tudo muito cômico e personagens exagerado, de repente entra um drama, o filme pesa, tudo da errado, dai ele fica perdido. Esse falha , faz com que a narrativa fique um pouco confusa, dificultou ate a minha aproximação com os personagens.


Os personagens, como sempre nos filmes de David O. Russell são um show a parte, todos bem atraentes, mas não muito envolventes, desta vez. As atuações em sua maioria estão bem regulares, Virginia Madsen como a mãe que só fica na cama assistindo novela, Robert De Niro o pai, sempre enrolado em algum relacionamento amoroso,...o ex marido que vive porão e Diane Ladd(narradora)  a avo que é a unica que realmente acredita em Joy, todos esses cumprem seus papeis de maneira satisfatória.


Uma grande família?

Jennifer Lawrence, sem sombras de duvidas e a melhor coisa do filme, consegue levar a conturbada historia de vida de Joy, do inicio do filme ate o final. Ela sim consegue equilibrar boas cenas de humor, como seus diálogos com a sua  mãe e seu pai, logo nos primeiros minutos de filme, indo ate o drama nos momentos onde passa por problemas financeiros, e desacreditada por seu Pai e a namorada dele, chegando ate afirmação da personagem, onde atriz arrasa. E uma atriz super talentosa, consegue passar por todos essa mudanças de emoções em único filme, sem falar que ela super carismática.


Uma das melhores cenas, uma dona de casa, se transformando em um apresentadora de sucesso.

O filme se sustenta na atuação Jennifer Lawrence, tudo que não envolve a busca de Joy pelo reconhecimento e a afirmação, não tem importância. O filme só vai evoluir lá pelo meio quando surge Neil Walker(Bradley Cooper),esse cara bom, aparece pouco, mas é bom. Ele é dono de um canal de vendas. A primeira vez que ela se apresenta ao vivo e uma cena bem divertida emocionante.(ta vendo como Jennifer Lawrence, cria um mix de emoções)


Eu adoro esse cara.

Um retrato do sonho americano, o filme não é nada mais do que isso, não significa que ele seja ruim, mas simplesmente não sai disso,David Russel tem se destacado em falar sobre esse assunto nos seus mais recentes filmes, a combinação, ator, roteiro e direção, estavam dando certo, aqui falta sintonia, que existe apenas no esforço fantástico de Jennifer Lawrence, que entregar uma boa personagem. No final "Joy" consegue passar sua mensagem de não desista dos seus sonhos, acredite em você( e clichê eu sei, mas e legal), mas fica a sensação que poderia ter sido mais que isso, faltou algo no meio do caminho, e não foi talento.

De0a5: 3,7 polishop






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Filmes de Fevereiro4

Anomalisa (2015)


Dirigido por: Charlie Kaufman e Duke Johnson 





Muito original e extremamente ousado, são as carceráticas mais marcantes desta animação. O resultado final do trabalho de  Charlie Kaufman  é incrível, visualmente falando é perfeito, como ele conseguiu fazer isso com stop motion? Todo trabalho técnico do filme e de se tirar o chapéu, a historia ate que é boa, mas não chega a empolgar, nos faz pensar, sim, mas acredito que ela não nos faz sair do lugar.

Michael Stone (voz de David Thewis) é um palestrante motivacional que acaba de chegar à cidade de Connecticut. Ao chegar no hotel ele entra em contato com um antigo caso para que possam se reencontrar. A iniciativa não dá certo, mas Michael logo se insinua para duas jovens que foram ao local justamente para ver a palestra que ele dará no dia seguinte. É quando ele conhece Lisa (voz de Jennifer Jason Leigh), por quem se apaixona.

E um filme bem parado, com algumas cenas desnecessárias, que atrasam de mais a narrativa. Não quero menosprezar ninguém, mas não é um filme para qualquer um, sua narrativa excessivamente lenta, pode transformar a experiencia de assistir este longa em algo muito chato. Kaufman(Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças e Quero Ser John Malkovich) e um ótimo roteirista, mesmo contando com ajuda de Duke Johnson  na direção deste filme, parece que faltou um pouco de direção. A ideia que o filme quer abordar é boa, mas não é bem desenvolvida e demora para obra dizer para que veio.

Um bom filme, com uma historia desinteressante, como isso?

Porem a animação tem seu méritos, quebrando um pouco aquela visão que o senso comum tem que animações são infantis, bobas, feias e cara de melão, essa é extramente adulta, difícil, e com camadas, parabéns para os idealizadores pelo feito.

Momentos de loucura.

O filme todo se passa neste um dia de Michael no hotel, se preparando para sua palestra, tentando organizar seu discurso, suas ideias, sua vida, e a si mesmo. Sobre esta parte o filme e bom, consegue passar muito bem, a loucura interna que Michael esta sentindo e Kaufman utiliza bons elementos para mostrar isso. Para Michael todas as pessoas são iguais e desinteressantes,i inclusive todas as pessoas tem a mesma voz, são dubladas pelo mesmo ator,Tom Noonan, mulheres, crianças, TODOS, exceto Michael e Lisa. É a voz dela que faz com ele consiga escapar um pouco da sua melancolia, pelo fascínio pelo voz de Lisa, que a diferencia de todos os outros, a faz especial, uma anomalia.

A melhor sequencia do filme, nunca vi uma cena de sexo tão bem feita, natural e real como esta.

A obra tem seus momentos geniais, como o momento em que Michael e Lisa conversam sobre anomalias. Um rápido destaque para as cenas em que acontecem uma especie de meta-linguem, onde o rosto de Michael cai no chão, ou quando ele esta se olhando no espelho e tenta abrir o rosto.

O filme não esconde suas imperfeições, em todos os sentido. Que filme maduro.

Totalmente diferente de tudo que estamos habituados a assistir, "Anomalisa" e algo novo por isso não tenho muito com o que comparar. Não é fácil, talvez para alguns nem interessante. Um dia na vida de homem de meia idade, que esta passando por um momento de crise existencial, pode não ser chamativo, mas ai esta o grande trunfo do filme, diferente de outras obras, que nos tiram da realidade para entra na magia do cinema, "Anomalisa" joga na nossa cara a realidade, nua, crua e sensacional.

De0a5: 4 Brasil é uma anomalia.