AS SUFRAGISTAS(2015)
Dirigido por: Sarah Gavron
Uma obra que estávamos precisando, que vem no momento certo, mais importante que a maneira que o filme foi feito (sim a algumas falhas no filme), é o assunto que ele aborda, uma luta que infelizmente continua.
No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa. Maud Watts (Carey Mulligan), sem formação política, descobre o movimento e passa a cooperar com o grupo denominado As Sufragistas.
Alem das queimaduras, respirar a fumaça toxica, um salario muito abaixo dos homens, uma jornada de trabalho muito maior, as mulheres ainda tinha que aturar os abusos |
A direção de Sarah Gavron é bem competente, assim como o roteiro de Abi Morgan, nenhuma das duas sai muito dos clichês de filmes deste gênero. Acredito que o filme merecia ser maior, ele não é ruim, mas pelo assunto abordado, elas poderiam ter ousado mais. Eu queria que as mulheres fossem mais fortes, sei que o drama é necessário para que publico sinta compaixão, mas foram muito mais cenas de abusos e humilhação com as mulheres, muitas vezes mostrando elas fracas perante aos homens. Claro isso aconteceu, não da para esconder os fatos, mas como obra de ficção( mesmo sendo uma obra baseada em fatos reais) poderiam ter nos dado mulheres mais fortes, as mulheres do filme são fortes, só achei que eles tiveram pouco espaço para mostrar essa força. Isso fica evidente (no meu ponto de vista), quando o ato mais heroico do filme e feito por uma personagem completamente coadjuvante, tínhamos três personagens fortes que poderia ter feito aquilo, mas por medo, fraqueza não fazem. O ato acaba passando sem muito peso para nos espectadores por que não era uma das personagens por quem estávamos apegados.
E isso ai vamos a luta!!! |
Os homens no filme tem suas atuações bem apagadas e fracas, talvez o chefe horroroso da lavanderia onde Maud trabalha, tenha sido o melhor papel masculinos( me deu um ódio daquele homem, em duas cenas), não! o melhor papel masculino e do pequeno George, filho de Maud, tem umas cenas bem bonitas com o garoto.
Ja as mulheres como não poderia ser diferente dão um show, todas que aparecem nem que seja só 5 minutos( né senhorita Meryl Streep, pena que não rolou uma indicação ao Oscar). Maud(Carey Mulligan), uma personagem melancólica, triste, sofrida, sempre com uma cara de choro, uma atuação bem convincente. Edith New( Helena Bonham Carter) minha personagem favorita, (não e porque eu amo a Helena viu) ela e forte desde inicio, uma das poucas mulheres do filme que diz para o que veio e sabe o que quer, o roteiro da um jeito meio forçado de tirar o brilho dela no final mas Ok. Violet Miller (Anne-Marie Duff) e uma personagem muito importante para a trama do filme, pois é ela que leva Maud para as suas primeiras reuniões, assim como Edith, ela começa muito forte é vai perdendo forças ao longo do filme( tem um porque, só não precisava). Emmeline Pankhurst (Meryl Streep) a líder do movimento Sufragistas, uma mulher que demonstra força e liderança, interpretado pela linda maravilhosa, diva, unica Meryl Streep mas só aparece em uma cena "falou galera e nois que voa, tamo junto,partiu" e pronto.
Uma grande interpretação de Carey Mulligan no papel da sofrida Maud |
As sufragsita e um filme extremamente necessário, com uma diretora mulher, roteirista mulher, a fotografia do filme também e de uma mulher, e isso lamentavelmente não e normal para os dias de hoje. Uma obra que chama atenção para uma luta muito importante historicamente e que continua sendo lutada nos dias de hoje, se você viu ate final sabe disso. Como filme, obra cinematográfica tem seus erros, mas como mensagem só tem acertos.
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